domingo, 26 de janeiro de 2025

Dubladora de Oscar dá entrevista para a revista AnimagePlus (*um resumo*)

A revista AnimegePlus publicou uma entrevista com Miyuki Sawashiro, dubladora de Oscar.  O entrevistador foi Tsuyoshi Kawabata.  Como o site não permite seleção de texto, vou fazer um resumão da entrevista (*link aqui*), lembrando que eu não sei japonês e estou usando o Google e meu conhecimento sobre a Rosa de Versalhes  (ベルサイユのばら).  Lembrando, o filme estreia na sexta-feira (31/01).

Pelo que entendi da entrevista, Sawashiro deve ter tido seu primeiro contato com a obra através da peça do Teatro Takarazuka, mas ele assistiu ao anime (1979) e leu ao mangá mais recentemente.  Em dado momento, ela comenta que o refrão da música "Bara wa Bara wa" não lhe saia da memória.  Não sei se é de alguma canção do Takarazuka, não lembro de nenhuma que tivesse esse refrão de maneira forte, quando me vem na cabeça, lembro de outra música da peça, só que é o refrão da excelente música de abertura do anime.  Em dado momento, ela diz que há diferenças grandes entre o anime de Dezaki e o mangá, mas não vi crítica ao primeiro.

Ela comenta que ao ler o mangá veio carregada de (pre)conceitos sobre shoujo mangá, que seria somente uma história sobre romance, mas compreendeu que é um material que discute humanidade e liberdade, questões universais.  A dubladora nasceu em 1985, então, ela está muito longe tanto do mangá, quando do anime.  Há uma pergunta sobre a relação de Antonieta e Oscar e ela diz que ela ajuda a construir na protagonista a sua identidade e a certeza de que todos os seres humanos devem ter o direito de escolher o seu destino.

Sobre o tamanho do filme, a Sawashiro fala das dificuldades de comprimir a obra em duas horas.  Ela comenta que, em alguns momentos, eles paravam para perguntar "Quantos anos ela/ele tem aqui?", porque de uma sequência para outra, passaram-se cinco anos.  Tudo é muito rápido e há a necessidade de apresentar uma voz mais infantil ou madura.  Ao que parece, há muita música no filme, parece que, efetivamente, se trata de um musical e que o diálogo com o material do Takarazuka deve ter sido intenso.  

Sobre a relação com André (Toshiyuki Toyonaga), ela diz que quando eles estão em cenas sozinhos, ela suavizava a voz de Oscar, que ela se tornava menos dura e abria mão da sua armadura.  Espero, somente espero, não ver Oscar usando "atashi" (*"eu" infantil ou hiperfeminino*) com André.  E destaquei a imagem acima, porque é a cena do veneno.  Ela é importante, dramaticamente falando no mangá, ela ganhou um peso enorme na peça do Teatro Takarazuka, e ela foi cortada do anime.  O filme perdeu muitos pontos comigo por mudar a forma como André ficou cego, mas recupero alguns agora.  E é isso.  Para quem lê japonês, vale a pena olhar a entrevista completa.

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