A revista AnimegePlus publicou uma entrevista com Miyuki Sawashiro, dubladora de Oscar. O entrevistador foi Tsuyoshi Kawabata. Como o site não permite seleção de texto, vou fazer um resumão da entrevista (*link aqui*), lembrando que eu não sei japonês e estou usando o Google e meu conhecimento sobre a Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら). Lembrando, o filme estreia na sexta-feira (31/01).
Pelo que entendi da entrevista, Sawashiro deve ter tido seu primeiro contato com a obra através da peça do Teatro Takarazuka, mas ele assistiu ao anime (1979) e leu ao mangá mais recentemente. Em dado momento, ela comenta que o refrão da música "Bara wa Bara wa" não lhe saia da memória. Não sei se é de alguma canção do Takarazuka, não lembro de nenhuma que tivesse esse refrão de maneira forte, quando me vem na cabeça, lembro de outra música da peça, só que é o refrão da excelente música de abertura do anime. Em dado momento, ela diz que há diferenças grandes entre o anime de Dezaki e o mangá, mas não vi crítica ao primeiro.
Ela comenta que ao ler o mangá veio carregada de (pre)conceitos sobre shoujo mangá, que seria somente uma história sobre romance, mas compreendeu que é um material que discute humanidade e liberdade, questões universais. A dubladora nasceu em 1985, então, ela está muito longe tanto do mangá, quando do anime. Há uma pergunta sobre a relação de Antonieta e Oscar e ela diz que ela ajuda a construir na protagonista a sua identidade e a certeza de que todos os seres humanos devem ter o direito de escolher o seu destino.
Sobre o tamanho do filme, a Sawashiro fala das dificuldades de comprimir a obra em duas horas. Ela comenta que, em alguns momentos, eles paravam para perguntar "Quantos anos ela/ele tem aqui?", porque de uma sequência para outra, passaram-se cinco anos. Tudo é muito rápido e há a necessidade de apresentar uma voz mais infantil ou madura. Ao que parece, há muita música no filme, parece que, efetivamente, se trata de um musical e que o diálogo com o material do Takarazuka deve ter sido intenso.
Sobre a relação com André (Toshiyuki Toyonaga), ela diz que quando eles estão em cenas sozinhos, ela suavizava a voz de Oscar, que ela se tornava menos dura e abria mão da sua armadura. Espero, somente espero, não ver Oscar usando "atashi" (*"eu" infantil ou hiperfeminino*) com André. E destaquei a imagem acima, porque é a cena do veneno. Ela é importante, dramaticamente falando no mangá, ela ganhou um peso enorme na peça do Teatro Takarazuka, e ela foi cortada do anime. O filme perdeu muitos pontos comigo por mudar a forma como André ficou cego, mas recupero alguns agora. E é isso. Para quem lê japonês, vale a pena olhar a entrevista completa.
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