sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

VIZ anuncia vários títulos shoujo, inclusive o relançamento de Anatolia Story


Eu tinha visto alguns dos lançamentos no Twitter, mas amigas foram me avisar que o selo ShoujoBeat da editora Viz anunciou o relançamento de Anatolia Story (天は赤い河のほとり), de Chie Shinohara, em formato 3x1, o mesmo em que saiu HanaKimi, vários anos atrás.  Anatolia Story é um dos meus mangás favoritos e eu fiz resenha de todos os volumes da série, há uma tag só para ele, aliás.

Enfim, é bom ter Anatolia Story de volta, eu não tenho lá muita esperança de vê-lo no Brasil, ou que tenha um anime (*teve musical do Takarazuka*), mas é uma série muito empolgante.  O ponto de partida da série é o seguinte: Yuuri é uma adolescente japonesa comum, mora com os pais, as irmãs, ela é a do meio, tem um namoradinho e tudo parece ir bem, até que ela pisa em uma pocinha d'água e duas mãos a puxam para o Império Hitita, no século XIV a.E.C.  A responsável pela façanha é a esposa titular do rei, Nakia, ela é uma poderosa feiticeira e tinha tido a revelação que somente sacrificando Yuuri, seu filho poderia se tornar o herdeiro do trono.


Yuuri acaba escapando, mas está completamente perdida e atordoada.  Ela é resgatada por um belíssimo jovem, que usa os poderes do vento, e ele a beija.  Seu nome é Kail, ele é o segundo filho do rei, terceiro, na verdade, mas o irmão acima dele é filho de uma mulher de condição inferior, e ele não se dá bem com a madrasta e ela quer se livrar dele.  Kail leva Yuuri para seu palácio (*e tenta tomar umas liberdades com ela*), mas e garota será capturada de novo e quase morta, mas logo será descoberto que Yuuri não é uma adolescente comum, ela é o avatar (*receptáculo dos poderes na Terra*) da deusa do amor e da guerra, Ishtar.

A partir daí, o status de Yuuri irá subir muito, ela se tornará inclusive uma líder militar, mas Nakia continuará fazendo o possível para mantê-la no passado e matá-la.  Para atingir seu objetivo, colocar seu filho no trono, ela não terá pudores, assassinará o marido, causará a morte de um dos enteados (*Zananza, irmão favorito de Kail*), colocará o país em perigo e por aí vai.  Como o Império Hitita vivia uma espécie de guerra fria com o Egito, teremos guerra com egípcios, mitani, peste (*que provará a eficácia das vacinas que a mocinha tomou*), intriga de harém etc.  

Para encher 28 volumes, teremos momentos nem tão interessantes assim ao longo da série.  E temos alguns problemas de roteiro, claro.  Kail é um poderoso feiticeiro, mas só usa seus poderes TRÊS VEZES durante toda a série.  Yuuri não parece sofrer tanto quando fica impedida para sempre de voltar para o Japão (*a autora queria que a protagonista fosse da própria antiguidade, mas o editor a forçou a recorrer ao clichê da garota deslocada no tempo*).  Praticamente todos os homens da série caem de amores por Yuuri.  O volume #28 é inútil.  Agora, para além de tudo isso, a VIZ censurou partes do texto da sua primeira edição.  Então, esse relançamento, para valer a pena para mim de verdade, tem que ser com nova tradução sem censura.  E, caso você só queira ler o mangá, tem scanlations dele todo.  Ah!  Eu achei umas fanarts lindas de Anatolia Story aqui.

Mas o que mais foi anunciado?  Colette wa Shinu Koto ni Shita (コレットは死ぬことにした) de Alto Yukimura, Hana ni Arashi (はなにあらし) de Ruka Kobachi, Vampire Knight Complete Box Set, Kagen no Tsuki (下弦の月) de Ai Yazawa, Oshi ni Amagami (推しに甘噛み) de Julietta Suzuki, 

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