A amiga Jéssica perguntou se eu não iria dar uma olhada em Doctor Elise: The Royal Lady with the Lamp (외과의사 엘리제), anime baseado em um quadrinho coreano de autoria de Yuin e Mini. A série estreou no dia 10 de janeiro e eu só olhei o primeiro episódio. Vou dar o resumo do ponto de partida da história:
Aoi Takamoto já foi uma imperatriz malvada chamada Elise antes de ser executada por seu marido Linden. Quando Elise reencarna no mundo moderno como Aoi, ela se torna uma cirurgiã para expiar seus erros. No entanto, depois que ela morre em um acidente de avião, ela reencarna novamente em sua vida anterior como Elise, 10 anos antes de sua execução. Ela evita se casar com Linden desta vez para evitar uma tragédia. Com seu conhecimento médico, ela decide que quer ser médica novamente nesta vida.
O primeiro episódio do anime, e eu não olhei o manwha derivado de uma série de novels, é bem dramático e sangrento. Ele abre com a execução de Elise, ela é queimada na fogueira, e ela lamenta a morte de sua mãe, pai e seus dois irmãos. Ela é acusada de suas mortes e de tantos outros crimes. Depois, passamos para a primeira sequência do avião, que me pareceu bem realista e angustiante. Sabemos que a moça morena, que ainda não sabemos quem é, irá morrer.
Vem a abertura, que é simpática, e somos apresentados à protagonista, Aoi Takamoto (*o nome japonês da protagonista*). Ela é uma jovem médica, um gênio da cirurgia, tietada por todos. Ela é bem palestrinha em sua primeira intervenção, ela é elogiada por sua melhor amiga, ela é apresentada a uma kouhai, que quase beija o chão que ela pisa, e aparece uma adolescente para agradecer o fato dela ter operado sua mãe de câncer e ela estar melhor.
Takamoto não se sente vaidosa, ela tem profunda culpa pelo mal que causou em sua vida passada. De certa forma, ela já começou a pagar pelos seus erros, afinal, nasceu órfã, sofreu bullying e acredita que tudo isso é MERECIDO. Esse masoquismo da mocinha, me deu um pouco de nervoso. Ainda assim, ela tem uma missão, ela decide se tornar cirurgiã e salvar o máximo de pessoas nesta vida, sua segunda chance.
E voltamos para o avião. Há um terrível acidente. Takamoto estava à caminho da Alemanha para fazer uma cirurgia, ou seja, ela tinha fama internacional com menos de 30 anos. Fantástica ela, não? Isso me incomoda, também, mas sigamos! Enfim, Takamoto acorda no avião semidestruído e busca forças para ajudar o máximo de feridos possível, ela mal se segura em pé, mas o que ela deseja é poder salvar pessoas. Quando chega o socorro, percebemos que Takamoto também está ferida, mais do que isso, ela está morrendo mesmo. Isso é um spoiler, não a morte dela, mas o ferimento grave, desculpem, não tinha como evitar.
Depois de uma cena dramática de morte, nossa protagonista acorda, mas ela não é mais Aoi Sakamoto, ela voltou a ser Elise. Ela está em sua vida anterior. Quando a criada entra em seu quarto, e pela atitude da moça, Elise deveria ser terrivelmente mimada e/ou abusiva, a mocinha pergunta por seus pais e irmãos. Eles estão vivos! Ela está em casa! É uma nova chance?
A informação do resumo, que ela estaria dez anos antes da sua morte, não temos ainda. O episódio #1 fecha com Elise entrando na imensa sala de jantar chorando e reencontrando sua família, que não entende o que está acontecendo. Termina aí. Sua culpa é imensa, seu alívio e felicidade estão justificados. Assim como em 7th Loop, história com reencarnação, mas que não é isekai, e que me agradou muito, a protagonista guarda suas memórias, neste caso, de sua primeira vida como Elise e se sua existência como Aoi Takamoto. Vou olhar os episódios seguintes? Vou. Acompanharei a série? Não sei.
A culpa excessiva da personagem, e não sei quais crimes ela cometeu, e sua genialidade absurda me parecem um incômodo. De qualquer forma, é preciso ver como a coisa vai andar, mas, sem conhecimento prévio, eu apostaria que nossa mocinha, além de perseguir uma carreira médica nesse mundo que mistura Idade Média com século XIX e sabe-se mais o que, irá encontrar um monte de gente que ela já ofendeu e prejudicou, mesmo sendo tão jovem e tentará corrigir as coisas. O que de tão horrível ela fez? E, claro, em um mundo como aquele, como ela irá convencer seus pais a deixá-la ter uma carreira e, obviamente, como não despertar a atenção de todos com seus conhecimentos estranhos à realidade em que está. Várias coisas essa série terá que discutir e/ou explicar. E a animação, a qualidade técnica, foi bem superior a de 7th Loop.
Ah, sim! Neste primeiro episódio ainda nao deu para analisar o figurino desse mundo de fantasia. E eu vou comentar, porque o pessoal que desenha roupas femininas tem se esmerado em fazer vestidos horrendos para as mulheres, mesmo quando as ilustrações das novels, ou do mangá, mostram a mocinha e outras personagens usando roupas que são realmente bonitas. E é preciso explicar o título, "royal lady with the lamp". Elise é nobre, daí o royal/da realeza, e a "lady with the lamp", a "dama com a lâmpada", é uma referência à Florence Nightingale (1820-1910, britânica fundadora da enfermagem moderna. Por qual motivo usar esse título de Elise é/será médica, não sei. Enfim, é isso por agora.
2 pessoas comentaram:
Eu fiquei muito feliz que você fez resenha de doctor elise!!! Eu não sou uma pessoa de muito pensamento crítico, o que é bom mudar, e quando vejo um manhwa com mais de 100 capítulos e completo, tendo a engolir tudo sem nem perceber o que tô lendo! KKKKKKKKKK Então achei alguns comentários muito pertinentes, como o dela ser uma médica mundialmente aclamada antes dos 30, me pergunto quantos anos tinha o curso de medicina que ela fez kakakakakkakakakakak... Muito ansiosa para você comentar sobre o figurino!!!
Uma coisa que você comentou e que tem também tirado minha paciência é os figurinos horríveis que vemos ultimamente nas protagonistas sério como pode, parece que a criatividade é esquecida e justamente uma das coisas que sempre amei em shoujos foi a dedicação pela estética dos ambientes e personagens...
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