Comemoramos, hoje, o Dia do Quadrinho Nacional, a data, criada em 1984 pela Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo (AQC-ESP), tem como objetivo lembrar os autores e autoras brasileiros de quadrinhos. Não é, portanto, uma celebração dos quadrinhos como um todo. A escolha da data está ligada a publicação do que seria o primeiro quadrinho brasileiro, As Aventuras de Nhô Quim ou Impressões de Uma Viagem à Corte, em 30 de janeiro de 1869, na revista Vida Fluminense, por Angelo de Agostini, que era italiano, mas fez carreira no Brasil. O 30 de janeiro tornou-se, também, a data do Prêmio Angelo de Agostini, que é entregue pela associação.
No mesmo ano, em 14 de março, em comemoração aos 50 anos do lançado do Suplemento Juvenil de Adolfo Aizen, foi instituído pela Academia Brasileira de Letras e pela Associação Brasileira de Imprensa, que essa data seria o Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos. Aizen foi o maior empresário dos quadrinhos no Brasil e criador, em 1945, da Editora Brasil-América Limitada (EBAL), que publicava quadrinhos educativos, ganhando prestígio juntos aos políticos e à Igreja Católica e dando verniz de respeitabilidade às HQs em momentos de perseguição e difamação, ao mesmo tempo que trazia para o Brasil comics de super-heróis e uma variedade de quadrinhos que nem sempre eram para o público infanto-juvenil.
Hoje, muito da vitalidade dos quadrinhos em nosso país está no mercado independente, na publicação pela internet e, não, nas grandes editoras, que, via de regra, privilegiam material estrangeiro. E, não, ninguém vai me ver defendendo cotas para o quadrinho nacional, mas incentivo, premiações, eventos, ajudariam muito a divulgar nossos autores e autoras. Eu sigo muita gente no twitter e no instagram, gente que me enche de orgulho. Vou citar alguns: Will Tirando, Helô D'Angelo, Carol Ito, o Leandro Assis e a Triscila Oliveira, a minha amiga Tabby. E deixo aí embaixo o vídeo que o Brasil De Fato fez para comemorar a data.
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