Quando vi essa notícia no Sora News, fiquei confusa. Eu já havia visto essa notícia anos atrás... Procurei e achei no blog. O mesmo Sora News falou da aprovação da pílula do dia seguinte sem prescrição em 2020! O que aconteceu, pelo que entendi, é que faz três anos que os velhos que governam o Japão estão discutindo o que já tinha sido dado como aprovado em 2020: "Um comitê do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar concluiu sua revisão dos atuais regulamentos da pílula do dia seguinte do Japão e propôs que o medicamento seja disponibilizado comercialmente sem receita médica, com o ministério aprovando a proposta na segunda-feira em Tokyo."
Pois é, as pílulas anticoncepcionais só foram aprovadas no Japão em 1999 e o acesso à pílula do dia seguinte sem a necessidade de prescrição médica estava em discussão desde 2017. Pense que a pílula do dia seguinte precisa ser ingerida em um prazo de no máximo 72 horas após a relação sexual, quanto mais rápido, melhor, por isso mesmo, ter que marcar consulta e fazer outros trâmites poderia esgotar esse prazo. Agora, segundo o SN, elas estarão disponíveis em uma espécie de programa teste durante o Verão japonês, porém, haverá exigências para as farmácias que deverão "(...) ter farmacêuticos treinados na equipe que estejam disponíveis à noite e nos fins de semana, instalações para proteger a privacidade dos compradores e coordenação com clínicas locais de obstetrícia/ginecologia."
Enfim, considero que a liberação represente um ganho para as mulheres, mas é também evidência do quão patriarcal é a sociedade japonesa, pois dificultar o acesso à anticoncepcionais é uma forma de controlar o corpo das mulheres e limitar a sua escolha, enquanto isso, o aborto, que não deve ser tratado como contraceptivo, é permitido e as mulheres que continuam pressionadas a deixarem o mercado de trabalho se quiserem casar e ter uma família e são estigmatizadas caso decidam ou precisem ser mães solo.
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