Pages - Menu

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Riyoko Ikeda fala dos 50 anos da Rosa de Versalhes: "Quais são as regras para escrever um mangá histórico?"

Mais uma matéria sobre o aniversário da Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら), desta vez do site japonês News Post Seven. Só lembrando, eu não sei japonês, então estou "traduzindo" e inferindo coisas a partir do que eu já sei sobre Ikeda e a Rosa de Versalhes e o que o Google Translator me dá.  Se você sabe japonês, o link da matéria original já está no post, divirta-se.  

Enfim, a matéria já começa com uma fala de Ikeda dizendo que foi abordada por um diplomata (*francês?  japonês?*) que estava acompanhando o presidente francês François Hollande ao Japão, em 2013, e ele (*ou ela*) lhe disse que tinha aprendido tudo sobre a Revolução Francesa lendo a Rosa de Versalhes.  A seguir, Ikeda comenta que levou dois anos organizando o material de referência sobre história e cultura europeias antes de começar a fazer o seu mangá e que as primeiras ideias vieram da leitura do livro Maria Antonieta de Stefan Zweig, quando estava no segundo ano do colegial.  Zweig, para quem não sabe, era judeu austríaco e veio para a América do Sul fugindo do nazismo e escolheu ficar no Brasil.  Oficialmente, ele e a esposa se suicidaram em 1942, na cidade de Petrópolis (RJ).

A seguir, Ikeda retoma a história de que os editores não viam futuro na Rosa de Versalhes, porque crianças e mulheres não tinham interesse por mangás históricos e que ela sabia que se sua série não fizesse sucesso, seria imediatamente cancelada.  A seguir, ela explica que optou por não criticar os acontecimentos históricos, mas manter um certo afastamento.  E isso teria permitido a humanização das personagens históricas.  E que Oscar, sua criação, logo se tornou a personagem favorita dos fãs, que enviavam cartas todas as semanas.  Ikeda diz então que Fersen e Antonieta eram personagens reais, mas que Oscar teve duas fontes de inspiração, a aparência veio de Tadzio (Björn Andrésen) em Morte em Veneza e sua personalidade veio de Muhammad Ali, o boxeador.  Aliás, isso aparece no documentário que foi exibido recentemente no Japão sobre os 50 anos da Rosa (*obrigada Melina, pelo arquivo*).  Ikeda diz, então, que queria que Oscar deveria ser um homem, mas que ela tinha pouquíssima experiência com o sexo oposto e se sentiu insegura.  Ela já falou disso em várias entrevistas e a gente agradece muito por isso.

Em seguida, Riyoko Ikeda comenta que, na época de publicação da Rosa de Versalhes, mangás eram vistos como literatura vulgar e eram lidos e jogados fora.  Ikeda se propôs a fazer algo que fosse para sempre.  E conseguiu, não é mesmo?  A entrevista foi feita para a edição da Josei Seven (女性セブン) por Uemura Kuru com a participação de Aki Maekawa.  Para quem quiser, o último Shoujocast que eu fiz foi sobre a Rosa de Versalhes, na verdade, Oscar.  Ainda que a Ikeda não cite nesta entrevista a Rainha Cristina da Suécia, ela comentou sobre ela em outra entrevista e o nascimento de Oscar e a trajetória desta soberana certamente influenciou a construção da personagem.  E, se quiser, se inscreva no canal e dê um like, ou dislike, no vídeo:

2 comentários:


  1. Uma grande gênia do Grupo 24! Só não sei se ele já escreveu algum yaoi ou yuri. Para o Monark, isso deveria ser crime, mas pornografia infantil não! 😒😒😒

    ResponderExcluir
  2. Com as opiniões que tem, Monark não deve ter nada contra mangá. Ikeda fez yuri, por assim dizer, pode ser considerada uma das pioneiras com Oniisama E... e Claudine, de certa maneira.

    ResponderExcluir

ATENÇÃO:

1. Comentários anônimos não são aceitos.
2. A curta experiência com os anônimos só deu margem para que pessoas mal educadas e covardes decidissem postar comentários agressivos.
3. Peço desculpas aos bem intencionados.
2. Todos os comentários são moderados.
3. A responsável pelo Shoujo Café se permite o direito de aprova-los, ou, não.
4. Agradeço a compreensão e o comentário.