Já faz uma semana que terminei de assistir a segunda temporada de Bridgerton e preciso escrever a outra metade da resenha. Começo dizendo que a segunda temporada foi bem satisfatória e que Anthony e Kate me agradaram muito mais que o Duque de Hastings e Daphne. Aliás, se alguém estiver disposto a fazer uma adaptação de Orgulho & Preconceito nos próximos três anos, podem escalar Jonathan Bailey para Mr. Darcy, porque esse moço é um espetáculo. Duvido que qualquer um dos irmãos o supere em charme e sexy appeal, vamos ver os pares que arranjarão para as moças Bridgerton, porque Bailey pontua mais alto comigo que o Regé-Jean Page, porque a história dele é melhor, também, isso pesa. Houve muito menos sexo e nudez, e quem queria isso saiu decepcionado, mas as coisas se equilibraram muito bem. Mas, enfim, vamos lá. A resenha anterior está aqui, não pretendo recontar tudo o que já escrevi. Vou tentar pontuar tudo o que não gostei e o que gostei na temporada. Provavelmente, o texto será muito desorganizado.
Neste momento, tenho uns 70% do livro O Visconde que me Amava lido, talvez mais, e posso afirmar com toda a certeza que a adaptação se afastou bastante do original. Surpresa nenhuma, afinal, é uma adaptação, mas há outras coisas a serem consideradas. O maior impacto, já comentei no meu primeiro texto, foi terem mexido muito na Kate e na Edwina, assim como na relação de ambas com o Anthony. Imagino que isso irrite quem leu o livro e considero justo. Kate, por exemplo, tornou-se uma solteirona e deixou de ser a moça que parecia forte, mas carregava um bom complexo de inferioridade, porque sua irmã caçula era muito mais bonita, para os padrões da época.
Não sei se você concorda comigo, mas Simone Ashley é muito mais bonita que Charithra Chandran, tem mais porte e tudo mais. Claro, carregaram as tintas na personalidade de Kate, ela teve que assumir a chefia da família e tentar ajeitar a vida de todo mundo e terminou metendo os pés pelas mãos. Nada disso está no original. Para quem preferia a Kate do livro, que não se enquadrava muito nos padrões de beleza da época (*sua pele não era tão pálida, seus lábios eram cheios demais, seu cabelo não tinha a cor certa etc.*) e, mesmo assim, atraiu a atenção do mocinho, que tinha fama de conquistador e libertino e era o solteiro mais disputado da alta nobreza britânica, deve ter sido um tanto frustrante. Kate passou por aquilo que chamamos de "Adaptational Attractiveness" (*Atratividade Adaptativa*), quando uma personagem de um livro que não está dentro dos padrões de beleza é transformada em uma beldade, ou tem mesmo o seu caráter remodelado para aparecer no cinema, ou na TV. Dois exemplos notáveis são Hermione Granger e Tyrion Lannister (*link para o vídeo da Mikannn*).
Kate na série quer ver a irmã casada, mas não quer que seja com Anthony. Igual no livro. Só que a atração entre o protagonista e a mocinha é enorme. E, bem, a série da Netflix levou essa tensão sexual ao máximo e com muita competência, porque a química entre Simone Ashley e Jonathan Bailey é gigantesca. Agora, o que mudaram muito foi a relação de Anthony com Edwina. No livro, ele nunca chegou a se comprometer com ela, mas a via como a esposa ideal, porque ele sabia que nunca seria capaz de se apaixonar por ela. Nesse tipo de história, é preciso que os protagonistas estejam apaixonados, vocês sabem. Mas por qual motivo nosso mocinho quer um casamento livre da paixão e mesmo do amor?
No livro, Anthony acredita que não viveria mais que o pai, morto aos 38 anos. Por conta disso, não queria deixar para trás uma esposa que o amasse tanto a ponto de sofrer como sua mãe sofreu. Edwina seria uma escolha perfeita, já Kate, seria sua danação. A parte do morrer jovem foi deixada de lado no seriado, mas a ideia do mocinho de que não queria amar o suficiente para, em caso de perda, sofrer e/ou fazer a esposa sofrer foi muito bem desenvolvida. Muito mesmo. De bônus, ganhamos a exclusão de algo muito comum nos livros Harlequin de época, a mocinha que sofre, porque o marido mostra que a ama a cada momento, mas não foi capaz de dizer a frase mágica "Eu te amo". Fico feliz por isso. Muito mesmo, porque é um clichê cansativo e irritante.
Agora, a série criou toda uma situação de casamento desfeito no altar para Anthony e Edwina. Não gosto desse tipo de trama, porque normalmente é boba e forçada, caso do seriado. Fora isso, meio que expõe o que Bridgerton da Netflix é, um novelão típico. Só que a série se dispôs a dar um espaço enorme para Lady Danbury (Adjoa Andoh) e a rainha Charlotte (Golda Rosheuvel), assim como a perseguição à Lady Whistledown. Por conta disso, criou-se esse triângulo, que valeu pela angústia e tensão sexual entre Anthony e Kate, mas prejudicou Edwina, eu diria. Gosto muito de Adjoa Andoh, que continuou na posição de mentora de alguém nesta temporada, e Golda Rosheuvel, mas a rainha, em especial, tornou-se uma personagem bem mais bobinha. Dessa mudança toda, no entanto, veio a melhor cena de Charithra Chandran, a que envolve o Rei Jorge III (James Fleet) e a rainha.
Agora, houve melhorias no Anthony com essas mudanças na história. O Anthony da primeira temporada era detestável. Eu escrevi isso na primeira resenha que fiz da série e devo ter repetido. No livro, ele é o macho alfa padrão e, depois que ele e Kate são pegos na situação comprometedora e obrigados a casar, ele meio que se impõe a ela. A obriga a sentar no seu colo, antes de se casarem, toma certas liberdades sem o devido consentimento, e se ela mantivesse pé firme na noite de núpcias, quando ela tem uma crise de pânico, ele a teria violentado. É desse tipo de personagem que falamos aqui. Obviamente, ela cede, ele é muito talentoso e experiente quando o assunto é sexo, eles se amam, embora ele não aceite isso ainda, e se desejam. E segue o baile.
É clichê e mesmo nesse tipo de livro, há mocinhos diferentes do Simon e do Anthony, porque nos originais, eles são bem parecidinhos. Será que é o mesmo com os outros mocinhos da autora ao longo da série? Não sei. Há quem goste desse tipo de macho? Sim. É frequente nesse tipo de literatura para mulheres? Sim. A tia que já leu um monte desses Harlequin, Avon e livros de outras editoras semelhantes sabe disso. Se quiserem, recomendo livros que fogem do modelo desses dois. Exemplo? Pegue para ler The Duchess War, da série Brothers Sinister, da Courtney Milan. Eu deveria resenhar este volume. A série inteira, aliás, vale a pena. Não sei se tem em português.
De qualquer forma, romances Harlequin, e os livros de Julia Quinn são isso mesmo, literatura romântica popular para mulheres, seguem um esquema, há até manuais para a sua escrita na página da editora, ou mesmo à venda. É como telenovela, ou mesmo alguns tipos de mangá, você pode variar, mas há uma receita a seguir e editores direcionando as coisas. Na série, nosso Anthony fica lá se debatendo, porque quer a esposa que não faça seu sangue ferver, mas está apaixonado pela irmã da noiva e teme cair em tentação, manchar o nome da família etc. Deram uma limpada nele e investiram nessa linha mocinho angustiado. Eu, vejam bem, EU, prefiro assim. Desgostei do Anthony na primeira temporada e gosto dele na segunda.
O antes da noite de núpcias no livro me acendeu o mesmo sinal de alerta que a crise no casamento da Daphne e do Simon no primeiro livro. E, sim, ele poderia forçar a esposa e não seria crime na época, que fique claro. Agora, se a autora é tão moderninha e anacrônica em vários momentos, por qual motivo ela mantém esse modelo de homem arrogante e impositivo, que diz para a esposa que ela não pode negar seus direitos, isto é, o acesso ao seu corpo como e quando ele quiser? Entendem o meu ponto? São escolhas pautadas na repetição de papéis de gênero que objetificam as mulheres e legitimam a violência. Se o livro fosse histórico e, não, de época, se não flertasse com modernidades, como dancinha da vitória e menino com aversão à rosa, eu poderia dizer que a Julia Quinn está correta. Obviamente, ela escolhe o que deseja manter e mudar nos seus livros e termina seguindo uma rota bem machista em certas questões.
Outro ponto em relação à adaptação, nesse tipo de livro, normalmente, há poucas personagens que realmente tem algum peso na história. O foco é no casal principal com pouco espaço para outras discussões. Já a série da Netflix criou alguns núcleos que, mesmo com personagens do original, precisavam ganhar algum desenvolvimento. Por exemplo, Portia Featherington (Polly Walker) teve um desenvolvimento excelente na segunda temporada. Os dramas do seu núcleo familiar, seu esforço para que suas filhas pudessem se casar e/ou serem protegidas, o xeque-mate que ela deu no herdeiro do marido, Jack Featherington (Rupert Young), foi um dos pontos altos da série até agora. Serviu de contraste para as duas mães bananas, Violet Bridgerton (Ruth Gemmell) e Mary Sharma (Shelley Conn), que são incapazes de tomar as rédeas das suas vidas e zelar de forma adequada pelas suas crias.
Portia mostrou que, mesmo tendo um caráter duvidoso, tem iniciativa e protege suas filhas acima de tudo. Afinal, era evidente que havia uma tensão erótica entre o novo Lorde Featherington e ela, mas ela entendeu rapidamente que abrindo mão do que realmente importa, suas filhas, poderia se colocar em posição dependente de um picareta e ser descartada por ele, quando o sujeito quisesse. A trama dos Featherington, que se liga às regras de herança de títulos e propriedades que sempre aparecem nos romances de Jane Austen, foi bem desenvolvido e ainda deu a possibilidade para que Colin Bridgerton (Luke Newton) tivesse algum desenvolvimento. Eu estava com raiva dele nos primeiros capítulos, ele melhorou, mas, ainda assim, magoou Penelope (Nicola Coughlan) no final da temporada.
De qualquer forma, me incomoda muito que a série em nenhum momento faça referência às Guerras Napoleônicas (1803-1815) diretamente e nem Colin, nem Benedict (Luke Thompson), estejam no exército, ou na marinha, ou buscando uma profissão adequada a um cavalheiro (*eram poucas*). Eles são filhos mais novos, vão herdar uma parte bem menor que a de Anthony e era meio que normal que esses filhos caçulas seguissem uma carreira qualquer, tivessem uma ocupação. Mesmo nesses livros com gente podre de rica, esses moços mais novos têm alguma ocupação. Colin fazendo Grand Tour no meio da guerra, é difícil de engolir, também. Mas o defeito é dos livros e a série simplesmente não corrigiu. Só isso.
Outro ponto é que nessas sagas de irmãos, o que normalmente acontece é que todos sejam introduzidos no primeiro volume e não necessariamente apareçam em todos os livros, ou tenham muito pouco o que fazer fora dos seus próprios livros. É quase uma regra. Na série, tentaram dar espaço para todos os irmãos Bridgerton na segunda temporada, em especial, Colin, Benedict e Eloise (Claudia Jessie), mesmo Daphne (Phoebe Dynevor) teve seu espaço, assim como Hyacinth (Florence Hunt) e Gregory (Will Tilston). Por exemplo, com a ausência do Duque de Hastings, seu lugar no jogo de bastões foi ocupado por Eloise, que, no livro, não participou da partida. Só Francesca, que só tinha aparecido no último capítulo da primeira temporada, não teve algum desenvolvimento.
Houve quem viesse me dizer que, no livro, é assim, mas trata-se de uma adaptação e se seu irmão mais velho vai casar, e não às pressas, como em O Visconde que me Amava, a moça deveria estar lá, ou sua ausência deveria ser muito bem explicada. A série simplesmente esquece que ela existe, Francesca está nos três primeiros capítulos e some sem que nada tenha sido dito. Muito bem, a atriz Ruby Stokes tinha compromissos e precisou abandonar as filmagens e não houve competência dos responsáveis pela série em acomodar as coisas. Sim, a palavra é competência mesmo, ou desprezo pela audiência, talvez. Com tanta gente, quem se importa, não é mesmo?
Agora, o que me irritou um tanto foi a forma como deixaram em frangalhos a amizade entre a Eloise e a Penelope. Lembrando, na série, não no livro, as duas tem grande destaque tanto na primeira, quanto na segunda temporada. Penelope debutou no ano de Daphne, porque a mãe colocou as três filhas "out", ou seja, no mercado matrimonial, ao mesmo tempo. Pode ser afobação, ou falta de classe, como no caso de Orgulho & Preconceito de Jane Austen, ou uma questão de economia, como no caso das Featherington e das Sheffield, as Sharma do livro original. Você atrasa o debutar da filha mais velha e economiza colocando-a na vitrine junto com a mais jovem na mesma temporada.
Eloise debutou somente na segunda temporada, mas a jovem, como sabemos, é uma rebelde contra as tradições e tem ideias muito modernas para a média das mulheres de seu tempo. O seriado a coloca lendo autores e autoras que falavam dos direitos das mulheres, como Mary Wollstonecraft. E, ao tentar descobrir quem é Lady Whistledown, que sabemos ser Penelope, ela chega até a gráfica onde a fofoqueira da alta sociedade imprime seus panfletos. A rainha a pressiona e desconfia dela. No afã de descobrir quem é a misteriosa escritora, Eloise começa a flertar com um dos funcionários da gráfica e frequentar reuniões de "radicais" em Bloomsbury. Gente que discutia direito de voto das mulheres e dos mais pobres, mudanças nas leis, direitos dos trabalhadores etc. Gente perigosa.
Para se proteger e tentar salvaguardar a amiga, Penelope fala de Eloise em um de seus panfletos. Depois do escândalo do casamento desfeito no altar, a imagem dos Bridgertons já estava mais que manchada, só que Eloise passa a ser alvo de fofocas pesadas. No entanto, a rainha parou de atormentá-la, mas a jovem passa a observar Penelope. No final da série, as duas estão rompidas. Eloise sabe a identidade de Lady Whistledown e não sabemos como a série da Netflix vai desenvolver a relação das duas daí para frente. Falo série, porque nada disso está nos livros, que fique claro. Já sabemos, também, que a série da Netflix, que está garantida até a quarta temporada, pode não seguir a ordem dos livros. Por mim, comprimia tudo e fazia os ajustes necessários. Quatro temporadas já é bom o suficiente.
Falando em mudanças feitas para a TV, devo lembrar que a sociedade diversa e sem racismo é invenção da série. Um casamento entre uma princesa negra e o rei da Inglaterra teria feito a mágica. O mundo de Bridgerton da Netflix, porque isso não é livro, é um mundo de faz de conta, um universo que não é o nosso, outra linha temporal. Curiosamente, o racismo acabou, e fico feliz com o elenco diverso, já escrevi isso, mas questões de classe social e discriminação das mulheres continuam lá. E não se enganem com matérias como esta (How ‘Bridgerton’ Touches on Colonialism in India) do NY Times, porque elas confundem a fantasia para a Netflix com fatos reais. Nenhuma das personagens importantes no cenário inglês do século XIX citada nesta matéria (Kitty Kirkpatrick, Dean Mahomed) deixou de sofrer racismo, ou não foi pressionada a abandonar sua fé e costumes para se tornar passável.
Nenhuma dessas pessoas não tem sua história contada em Bridgerton, nem de leve, tampouco servem de inspiração para personagens do seriado, porque na série, a questão racial não existe, simples assim. Dada a violência do colonialismo britânico, o escapismo de Bridgerton chega a ser ofensivo. E já falei disso quando da primeira temporada. E essa vontade de ver algum engajamento na série é risível, trata-se somente de uma diversão colorida e só. Quando se discute o problema de Mary Sharma (née Sheffield) em Bridgerton, o que está em questão não é o fato da mãe de Edwina ter casado com um indiano, mas com um homem pobre, que não era da nobreza. Ela, que já tinha sangue indiano, abriu mão de um casamento vantajoso, este é o problema, classe social.
Outra coisa, quando Edwina encontra os avós, já que o plano de Kate é conseguir que os nobres perdoem a madrasta e a neta, dá-se uma discussão, que tem uma benéfica intervenção de Anthony, que roda a baiana e coloca os desagradáveis aristocratas no seu lugar. Durante o jantar, fala-se de novo de que mulheres não caçavam, que é um costume incivilizado. Tia Lela vai repetir de novo, as mulheres tinham muitas restrições, mas caçar e montar (*como damas, não como é mostrado na série*) não estavam na lista. Caça é esporte unissex da nobreza e há registro iconográfico desde a Idade Média de mulheres caçando usando arco e flecha, falcões e cães, além de fontes escritas com relatos de mulheres praticando a atividade. Logo, trata-se de uma palhaçada tão grande quanto Anthony achando que o bastão e a bolinha rosa são ofensivos à sua masculinidade no livro.
Para terminar, falemos de cabelo e figurino. Muito bem, ter um mocinho que sabe usar uma gravata é um alívio. Ponto a mais para Anthony sobre o Duque. Outro ponto, a cor de Kate não é lilás, ela fica maravilhosa de laranja e só a colocam com esta cor uma única vez. Eloise com o cabelo solto, mesmo depois de debutar, não ajudou a atriz, comparem com as cenas nas quais ela está de cabelo preso. A rainha continuou abusando das perucas, umas ficaram excelentes, outras, me pareceram de qualidade inferior, mas pode ser impressão mesmo. E nada justifica o figurino de Portia Featherington com seus vestidos acinturados. A opção foi ruim na primeira temporada e insistiram na segunda. Ela e a rainha, que favorecia a moda dos anos 80 do século XVIII (*, parecem fora de sua época, por assim dizer.
Por fim, se na primeira temporada optaram por não colocar as protagonistas e mesmo o elenco de apoio usando chapéus, salvo casos como Lady Danbury, algo mudou agora e não foi para melhor. Decidiram colocar várias vezes um chapéu ao estilo fascinator, que se tornou moda nos anos 1990, nas atrizes. Eloise usa mais de uma vez. Olha, na maioria dos casos ficou feio, muito mesmo. As moças do Frock Flicks, que são as especialistas nesse assunto, fizeram já um primeiro artigo sobre o figurino de Bridgerton e falaram disso, também. A impressão delas foi a mesma.
E não pensem que o figurino de Bridgerton se propõe a ser realista, ele dialoga com a época em que se passa a história e o presente. A questão é que algumas coisas funcionam mais do que outras. Eu, por exemplo, gosto dos cabelos doidos de Cressida Cowper (Jessica Madsen), que estão mais para a década de 1830, mas são divertidos de se ver. Outra coisa, a série opta por não colocar os homens com calças curtas (breeches), tirando os criados, claro. Os personagens masculinos estão sempre de calças compridas, mais largas que as de uso na época e com sapatos, nunca sapatilhas, ou botas, que não eram usadas em todo lugar ou situação. Infelizmente, essa história de evitar calças curtas e sapatilhas não acontece somente em séries deste período, a Regência (*mais ou menos entre 1795 e 1837*), mas, também, em material que se passa no século XVI. São aquelas adaptações feitas para agradar as audiências modernas, por assim dizer.
Temo que mantendo a estrutura de um livro por temporada, possamos ter mais baixas, porque alguns atores e atrizes, podem se sentir incomodados, como foi o caso do Regé-Jean Page, de perderem o protagonismo e passarem a ser coadjuvantes. Polly Walker, Ruth Gemmell, Adjoa Andoh, Golda Rosheuvel, Nicola Coughlan sabiam que sempre seriam coadjuvantes, com maior maior ou menor espaço, mas não sei se, com o sucesso, os protagonistas da temporada irão querer ceder os holofotes para outros personagens. É esperar para ver e apostar que os responsáveis pelo roteiro não irão esquecer de uma, ou outra, personagem. Pobre Francesca! E espero que a terceira temporada não demore.
0 pessoas comentaram:
Postar um comentário