Aconteceram esses dias mais premiações que tem peso, se a gente tenta antecipar o que pode acontecer no Oscar. O prêmio de melhor diretor do ano dado pelo Sindicato dos Diretores dos EUA (DGA, Diretors Guild Award) foi para Jane Campion e o de diretor/a estreante ficou com Maggie Gyllenhaal, as duas dirigiram filmes da Netflix, respectivamente, Ataque dos Cães e A Filha Perdida. Segundo o Terra, desde 1948, quando a premiação foi instituída, somente oito vezes o prêmio de melhor direção do Oscar divergiu do DGA. Eu acredito que mesmo Ataque dos Cães não ganhando melhor filme, e estou torcendo por Belfast, Campion leva. Eu acredito que será um Oscar justo, mas que deveria ter vindo lá atrás, em 1993, com O Piano. Se Campion ganhar, teremos algo inédito, duas mulheres recebendo o Oscar de melhor direção seguidamente, porque, no ano passado, a estatueta foi para Chloé Zhao.
E, ontem, aconteceu o Critics Choice Award, Campion levou melhor direção e roteiro adaptado, Ataque dos Cães Melhor Filme, PORÉM, melhor ator foi para Will Smith por King Richard, que já tinha recebido o prêmio do Sindicato dos Atores, aliás, repetiu-se a dobradinha, porque Jessica Chastain levou por The Eyes of Tammy Faye. Estou torcendo pelos dois. Já em atriz coadjuvante, a impecável Ariana DeBose levou de novo. Belfast ficou com roteiro original, que deve se repetir no Oscar, imagino, para Kenneth Branagh, e Belfast levou melhor elenco, que é uma premiação que deveria estar no Oscar e melhor ator infantil para Jude Hill. Tudo merecido.
Já melhor figurino ficou para Jenny Beavan por Cruella, que tinha levado o prêmio do Sindicato dos Figurinistas por filme de época, porque lá eles dividem a premiação em ficção científica e fantasia, época e contemporâneo. Cruella está indicado junto com Duna, que recebeu a premiação na categoria ficção científica. Os dois se projetam como favoritos com vantagem para Cruella.
E animação venceu A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas, que já tinha levado o Annie Award, mas não é favorito para o Oscar, porque acredita-se que a campanha da Disney-Pixar é muito pesada para Encanto. É esperar, o site Termômetro do Oscar acredita que A Família Mitchell leva. Preciso assistir a animação. A Júlia viu, mas, na época, achei que era bobinha. Só fiquei interessada pelo filme quando assisti ao excelente vídeo da Louie Ponto sobre a animação. Se quiser assistir, está aí embaixo:
3 pessoas comentaram:
Estou meio chocado que Flee não seja o favorito para animação, até porque Melhor Filme Internacional acho que vai para Drive My Car. Será que leva pelo menos em Melhor Documentário? Mas Summer of Soul também está forte. Deveriam premiar Summer em Melhor Documentário e Flee em animação. Vai acabar levando nada, pelo visto.
Não gostei de ver o mesmo filme indicado em três categorias, mas apostaria em documentário, é o que deve ficar, infelizmente. E quando falo de não gosto de filmes em três categorias, digo que acho incoerente, também, indicar um filme que não é em língua inglesa para o prêmio principal e o de filme estrangeiro, caso de Parasita, de Drive my car e por aí vai.
Eu fiquei com a impressão que eles não sabiam muito bem o que fazer com esse filme em específico pela própria natureza dele, mas não quiseram (ou puderam) ignorar porque a história era muito importante. Não sei se deveria estar indicado a Melhor Filme Internacional ou animação. Para mim é um documentário.
De resto, acho esquisitas essas mudanças como se o Oscar fosse representante do cinema mundial quando ele é apenas representante do cinema americano (de forma geral). Assim como a França tem o César, a Grã-Bretanha tem o Bafta, o Japão o Japan Academy Film Prize etc. Eles parecem querer transformar a premiação em uma espécie de festival de cinema e, bem, não era melhor promover os festivais americanos que já existem e de fato celebram o cinema mundial (como o Sundance)? Ou, se for o caso, a Academia poderia criar um festival por si própria. Ficaria melhor do que essa salada que está virando, então concordo com você.
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