Às vezes, mangás que não aparecem nas listas dos mais vendidos, nem estão sendo publicados em grandes revistas chamam a atenção por algum motivo e recebem alguma adaptação. Este parece ser o caso de Buchou to Shachiku no Koi wa Modokashii (部長と社畜の恋はもどかしい) da mangá-ka Shimo. Agora, uma coisa importante, o sachiku (社畜) do título não é bem workaholic, porque o sujeito ou sujeita viciada em trabalho pode fazer isso para promover-se a si mesmo, para ascender na vida. É algo que parte do indivíduo e pode ser encarado como uma patologia.
Já Sachiku, segundo o que eu encontrei, seria "um funcionário totalmente subserviente à empresa, nunca reclamando do excesso de trabalho ou de quaisquer outros problemas; um escravo assalariado.". É isso que a mocinha da história é, alguém que vive, que respira, cujo mundo é a empresa. Já o buchou (部長) é o chefe de seção. Falando nisso, já leu a resenha sobre um mangá cujo mocinho é "buchou" que fiz esta semana? Recomendo.
Enfim, a protagonista, achei vários resumos, mas estou usando como base este aqui, Mayumi Maruyama, vive pela empresa, mas, um dia, ela bebe demais e acaba ficando mais íntima (*não sei em qual sentido*) do seu chefe, passa a noite com ele (*também, não faço ideia do que isso significa*) e percebe que o sujeito não é tão sério e frio quanto aparenta. Como no Bakaupdates a série está como "smut", é possível que se tenha rolado sexo, ou não. O que me espanta é como nesse tipo de mangá as camas desses homens solteiros são grandes. Mas lá não temos nem resumo e, aviso, não há scanlations ainda. A mocinha, que não tinha tempo para se apaixonar, está completamente caída por ele, PORÉM, no dia seguinte, ele age como se nada tivesse acontecido. Já o Comic Natalie fala que a série mostra as expectativas diferentes em relação ao mundo do trabalho que têm homens e mulheres.
Não é a primeira série que faz isso, Hataraki-man (働きマン) da Moyoco Anno, série que deveria sair por aqui, já mergulhou fundo nessa discussão que nada tem a ver com natureza, mas com aspectos gerais da cultura japonesa e as expectativas sociais (*papéis de gênero*) em relação a homens e mulheres e como os indivíduos lidam com isso em um plano pessoal. Muito bem, quem vai interpretar a protagonista é a atriz Yurika Nakamura, que deu entrevista, está em todos os sites que eu olhei, falando de como a personagem é diferente de tudo o que ela interpretou até aqui.
Enfim, a série irá ao ar no Paravi, um serviço de streaming iniciado por seis empresas japonesas (TBS Holdings, Nikkei, TV Tokyo Holdings, WOWOW, Dentsu e Hakuhodo DY Media Partners) a partir do dia 29 de dezembro, às 21h. Outros detalhes virão depois. Quanto ao mangá, é possível que comecem a traduzi-lo por causa do dorama. A série é da editora Bunkasha e é publicado on line e conta com 3 encadernados até o momento. Não sei se é josei ou TL, de qualquer forma, é mangá para mulheres.
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