Nunca tinha ouvido falar do mangá-ka Kenya Suzuki, mas ele é autor da série Oshiete! Galko-chan (おしえて！ギャル子ちゃん) na revista Comic Walker. O mangá teve cinco volumes e teve anime em 2016. Como ter anime não é coisa para todo mundo, a série teve alguma relevância quando da sua publicação. É um mangá de comédia escolar protagonizado por uma garota inocente, mas com um corpo muito desenvolvido. Vamos, agora, ao crime do sujeito e a minha fonte é o Sora News, mas está em todo lugar.
Kenya Suzuki, de 40 anos, foi preso com um total de seis álbuns contendo fotos de crianças nuas que foram enviadas da Alemanha por correio registrado. Os álbuns chegaram ao Japão divididos em duas remessas, enviadas em setembro e outubro de 2020 e foram descobertos pelos funcionários da alfândega em Nagoya. Na segunda-feira (20), o serviço de notícias japonês Kyodo relatou que Suzuki foi preso sob suspeita de importar itens proibidos em violação às leis alfandegárias, e que uma busca policial em sua casa em Funabashi, província de Chiba, encontrou 46 livros contendo pornografia infantil. Em relação aos livros enviados a ele da Alemanha, Suzuki disse à polícia “Não importa o que acontecesse, eu queria fotos de crianças nuas do exterior, que você não consegue no Japão”. Devido à estrutura da gramática da língua japonesa, não está claro se por "fotos de crianças nuas do exterior" Suzuki estava se referindo a fotos nuas de crianças não japonesas especificamente, ou simplesmente a fotos de crianças nuas do exterior, independentemente da nacionalidade das crianças.
No início deste mês, alguém deu o alarme no Twitter de que Suzuki estava desaparecido. Os tweets, enviados em 14 de dezembro, dizem que Suzuki não estava em sua casa, atendendo seu telefone celular ou respondendo a e-mails, e não tinha sido visto desde 8 de dezembro. O usuário do Twitter também disse que a família de Suzuki foi até a polícia e fez o registro do desaparecimento, e em um tweet de acompanhamento em 14 de dezembro, disseram que ele havia sido encontrado com segurança.
Coincidentemente, a notícia da prisão de Suzuki veio um dia após o anúncio de uma nova série de anime de Rurouni Kenshin (るろうに剣), cujo criador também foi preso por acusações de pornografia infantil em 2017, causando um hiato de sete meses para o mangá Rurouni Kenshin. No momento da redação deste artigo, por favor, Oshiete! Galko-chan continua disponível no ComicWalker.
A legislação japonesa pune a posse de pornografia infantil, mas são penas muito brandas, 1 ano de prisão, ou multa. Acredito que devem optar pela segunda opção, como no caso do autor e Kenshin, e a multa é bem baixa. Parece que Kenya Suzuki se enrolou um pouquinho mais por ter importado o material e isso deve acrescentar algo a essa pena pequenininha. De qualquer forma, é preciso punir esses sujeitos. Não se trata de anime, ou mangá, mas de crianças reais que foram, ou ainda estão, sendo abusadas em alguma parte do mundo.
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