Yumi Tamura está em alta por causa de sua série Mystery to Iunakare (ミステリと言う勿れ), que está em todas as listas de melhores mangás do ano, e da adaptação para dorama que estreia em janeiro. Além disso, uma de suas séries mais premiadas, 7SEEDS (セブン シーズ) virou animação na Netflix em 2019/2020. Por tudo isso, Basara (バサラ), a obra que projetou a autora no Japão, voltou a receber atenção e terá uma peça no Theatre Sun Mall de Shinjuku apresentada entre13 e 23 de janeiro. Não é a primeira adaptação de Basara para os palcos houve uma primeira montagem em 2012, outra em 2014 e uma terceira em 2019. Basara é um mangá longo, com 27 volumes, a série foi publicada entre 1990 e 1998 na Betsucomi, e teve uma versão animada muito insuficiente, com míseros 13 capítulos em 1998.
A história geral é bem interessante, vamos lá! Estamos em um futuro pós-apocalíptico do Japão no qual aconteceu um retrocesso tecnológico e político, há magia, essas coisas, enfim. Temos um imperador malvado que quer encontrar e destruir a criança da profecia, uma espécie de messias que iria dar início a uma nova era. Esse imperador tem filhos e os colocou como reis subordinados, cada um dos governantes é representado por uma cor e as cores tem um papel importante na história. Pois bem, um belo dia nasce a criança da profecia, só que são gêmeos e o menino dos dois é prontamente identificado pelo profeta cego da vila como o messias. As crianças se chamam Tatara, o garoto, e Sarasa, a menina.
Ao longo da infância, Sarasa manifesta várias características que indicariam que ela é a escolhida, mas como nasceu mulher, ela não pode ser, ninguém acredita nela, nem o sábio-profeta-mago que identificou as tais crianças, a menina chega a apanhar do pai por ter tocado na espada do escolhido e a contaminado, porque ela era mulher. Já seu irmão não quer ser um guerreiro, ele se interessa por coisas simples e belas, ele quer cuidar da terra e alimentar as pessoas de sua vila. Um belo dia, a aldeia é atacada pelo rei vermelho, Shuri, um dos filhos do imperador, ele sabe que o escolhido está lá. Ele mata o pai de Sarasa, mata Tatara e leva a mãe dos gêmeos cativa. Sarasa é salva por Ageha, que se torna seu mentor, e é pressionada a fingir que é seu irmão, que é o escolhido, o que acaba aumentando a aura messiânica desse símbolo, porque, bem, ele tinha sido morto diante de uma multidão, não é mesmo?
Mas Sarasa é o messias, ela não é um mero substituto. Ela quer ser uma guerreira, ela tem capacidade para ser uma grande líder, precisa conseguir aliados em todo o país, mas há um problema... Ela se apaixona por um rapaz, ela não sabe quem ele é, o moço não sabe quem é a jovem, mas ele é o rei vermelho. Ele é seu inimigo, ela precisa matá-lo, vingar sua família e ele, para conseguir se tornar o herdeiro de seu pai, quando nasceu da sua concubina de mais baixa posição, precisa se elevar aos olhos do imperador. Há muita violência, há tragédia, tem traição, há algum humor, há romance, algumas relações homoeróticas e é um mangá muito bom e que discute de forma mais que competente as questões de gênero.
Voltando para a peça, ela será dirigida pelo ator Yuki Kubota, que atuou na versão de 2012 e retorna agora ao mesmo papel. A atriz Shuri Tanaka será Sarasa e Yuya Uno será Shuri. Estão também no elenco Yūsuke Seto, Tetsuya Iwanaga, Jun Noguchi, Kei Jonishi, Mirei Tanaka, Ayaka Hara, Nanako Aizawa, Manabu Kumazawa, Umi Kitamura, Mubu Nakayama, Ami 201 e Kei Hosogai. As informações vieram do Comic Natalie e do Pro Shojo Spain.
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