sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Mais uma resenha rápida de Ouji no Honmei wa Akuyaku Reijou: O Anime deve estrear em breve! (+18)

Já estou faz algum tempo querendo escrever mais algumas palavrinhas sobre o mangá Tensei Shoya kara Musabari Ecchi ~Ouji no Honmei wa Akuyaku Reijou~ (転生初夜からむさぼりエッチ~王子の本命は悪役令嬢), ou Game World Reincarnation ~Sex on the First Night~, da mangá-ka Re:mimu, fazia algum tempo.  Conheci a série no ano passado e fiz uma pequena resenha, em junho, houve o anúncio da série animada.  Ouji no Honmei wa Akuyaku Reijou é mais um isekai que tem como ponto de partida a morte de alguém no nosso mundo e sua reencarnação, no caso, em um otome game.  Sim, você já viu essa história antes, mas o que importa é a forma como a série é desenvolvida.

Em Ouji no Honmei wa Akuyaku Reijou temos uma OL (office lady) que morre de tanto trabalhar (karoshi) antes de conseguir ter acesso à última atualização do seu game favorito, StarryLove Astrolabe.  Sem problema, afinal, ela reencarna dentro do jogo e como sua vilã, uma moça chamada Diana, que tem como missão impedir que seu noivo, o príncipe Sirius, fique com a protagonista do jogo, uma mocinha bem comum chamada Kris.

Ouji no Honmei wa Akuyaku Reijou é um mangá TL (Teen Love), uma demografia para o público feminino, que tem história com forte conteúdo sexual.  Vejam bem, há sexo no shoujo e no josei, mas estou falando de material erótico-pornográfico mesmo, ainda que as fronteiras em alguns casos não sejam claras, as revistas TL já são bem mais de uma dezena e isso serve para sinalizar o que a leitora encontrará ao comprá-las, muito provavelmente, em formato digital.  

Em um mangá TL, o comum é que tenhamos relações sexuais no primeiro capítulo e, não raro, a história poder ficar mal contada, porque é preciso colocar muitas cenas de sexo ao longo da história. Há exceções, Ouji no Honmei wa Akuyaku Reijou é um pouco disso, porque o sexo, sexo mesmo, não entrou de forma corrida na história, ele foi introduzido depois de alguma resistência por parte da protagonista que, sabendo-se vilã, deseja proteger o príncipe Sirius e garantir que ele fique com quem tem que ficar, a mocinha da série, Kris.  Só que o príncipe é insistente, Diana está apaixonada e acaba imaginando que pode viver uma nova vida, totalmente diferente daquela que conhecera na Terra.

Diana conhece bem o ambiente do jogo, mas se sente atraída por Sirius e ela logo descobre que ele por ela.  Ao que parece, os jogadores de StarryLove Astrolabe acreditavam que era um noivado arranjado e que não havia sentimento entre eles.  Os capítulos iniciais, e nem são tantos capítulos no total até agora, porque ainda nem saiu o segundo encadernado, mostram a descoberta de Diana de que Sirius a ama de verdade, sua tentativa de fugir dele e atirá-lo para Kris e, claro, uma leve revelação da trama perigosa que a envolve.  Bom esclarecer que apesar do título (Sexo na Primeira Noite) e das investidas do mocinho, um relacionamento sexual completo entre nossa protagonista e seu noivo demora um pouco a acontecer.  Diana sabe que Sirius não está destinado a ela, mas o moço é tão atencioso, tão gentil e, também, tão comprometido em fazer sexo com ela que nossa heroína termina cedendo e gostando MUITO que fique claro.

Mas há o objetivo da família de Diana, que ela sabe de antemão, mas preferiu tentar esquecer, que ela se case com Sirius e engravide dela, a ordem importa pouco aqui, porque a ideia é se livrar do moço.  Diana não pode permitir isso, mas eis que o príncipe, logo depois da primeira noite de amor dos dois, ouve Diana conversando com um de seus parentes e tentando despistá-lo, fazendo-o acreditar que ela participava do jogo de sedução e traição de Sirius.  O príncipe os surpreende e, bem, pensei que teríamos um daqueles mal-entendidos novelescos irritantes.  Na verdade, não foi bem assim e isso foi uma boa surpresa.

Quando Sirius escuta as palavras de Diana, pensei "Pronto, a história vai ficar muito chata."  Não foi nada disso e uma das coisas que gosto de Ouji no Honmei wa Akuyaku Reijou e, por isso, estou escrevendo este texto e recomendando o mangá novamente, é que Sirius além de bonito, gentil e fogoso, sim, mas é inteligente.  Não sei vocês, mas personagens burras, que não acreditam na pessoa que dizem amar, ou que pelo menos não lhe dão o benefício da dúvida, me irritam.  Sirius percebe, desde o primeiro momento, que Diana está mentindo e decide enfrentar o mundo e as tramas da família dela a seu lado.  E nada disso soa falso, porque a personagem é bem construída.  Ele imagina logo de saída que Diana está sendo chantageada e decide que vai se arriscar por ela.  É o que a gente espera que um bom príncipe de história romântica faça, ou, pelo menos, eu espero.


Estou no capítulo #22, é o que há em scanlations em inglês.  A série está em publicação no Japão e o a anime não tem data de estreia determinada até o momento.  O que ainda não vimos muito em Ouji no Honmei wa Akuyaku Reijou é Kris, a suposta mocinha.  Só que a última cena dela parecia ser de contato com algum ser sobrenatural, ou o grande vilão.  Talvez, ela seja cooptada para o mal, ou seja, efetivamente, a vilã dessa história.  Outra coisa importante, o traço da série é muito bom e bonito.  A autora consegue desenhar bem as cenas de sexo, mas todas as outras, envolvendo lutas, cavalos, belos vestidos.  É uma artista competente.

Espero que a autora saiba conduzir a história até o seu final, porque ela está interessante e ainda tem o bônus de um excelente traço.  Para ler as scanlations do mangá em inglês, clique aqui. Recomendo Ouji no Honmei wa Akuyaku Reijou, mas lembre que é para maiores de idade.  E, para quem quiser aprofundar um pouco essa discussão sobre isekai, isto é, o tipo de história no qual o/a protagonista é mandado para outro mundo.  Eu fiz um Shoujocast sobre o assunto.

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