Sábado perdemos uma das maiores atrizes brasileiras, Eva Wilma (1933-2021). Eu deveria ter feito um post ontem, mas acabei não conseguindo, não podia deixar, no entanto, de registrar a partida da atriz. Até o último momento, ela trabalhou e na UTI gravou a narração para um filme que ainda não tem data de estreia. Eva Wilma, uma atriz de múltiplas facetas e que transitava sem problema do drama à comédia, que dava dignidade a todas as suas personagens, teve uma vida longa e produtiva e o câncer a levou. Essa doença maldita.
O papel mais antigo de Eva Wilma do qual me recordo é a Márcia de Elas por Elas (1982), uma das minhas novelas favoritas, em seguida, a Maura de Roda de Fogo (1986), onde ela fazia uma mulher que tinah sido torturada na Ditadura Militar e ficara traumatizada, e a romântica Penélope de Sassaricando (1987). Sei que muita gente lembra de Eva Wilma por causa de suas vilãs, e escrevo o episódio com a atriz da série As Vilãs que Amamos do Viva, mas eu me lembro mais da atriz em papéis positivos mesmo. Ainda poderia acrescentar a médica experiente do seriado Mulher. Ela fez uma vilã em uma novela que gosto muito, foi a D. Cândida de Desejo Proibido, mas os papéis dela que mais me marcaram foram exatamente os outros.
Enfim, perdemos em rápida sucessão grandes talentos e antes de Eva Wilma já tínhamos perdido Nicette Bruno. Eu coloquei no post duas fotos de Eva Wilma em momentos importantes da História do Brasil, a Passeata dos Cem Mil (1968) e outra passeata durante a campanha pela Anistia. Eva Wilma, ao que parece, também abraçou as melhores causas. Ela fala sobre isso em outra das séries do Viva, o Grandes Damas da TV, ela comenta do pai alemão e da perseguição que ele passou no Brasil durante a Segunda Guerra e ela diz que aprendeu a lutar cedo. Espero que ela esteja bem, onde quer que esteja e na companhia das bravas mulheres que estavam com ela na Passeata dos Cem Mil: Odete Lara, Norma Bengell, Tônia Carreiro e Cacilda Becker.
0 pessoas comentaram:
Postar um comentário