Semana passada, comecei um post do Dia das Mães e não postei. Queria falar de uma série de oicas, da creche em Saudades, do Jacarezinho e do atentado a uma escola xiita para meninas no Afeganistão. Pensei em nem publicar, afinal, uma semana depois, mas quero marcar o acontecido. O parágrafo é da semana passada. Até quando teremos que lutar para que meninas tenham direito à educação. Segue o parágrafo como estava. É somente um memorial.
"Hoje, quando estava no mercado, vi a notícia sobre o sepultamento coletivo de mais de cinquenta meninas mortas em uma tentado à bomba em Cabul. Era horário de saída da escola, um caminhão bomba explodiu na frente da escola feminina Sayed al-Shuhada. Ano passado, mais ou menos na mesma época, o Talebã, que negou este atentado, invadiu uma maternidade e massacrou grávidas e puérperas. Sim, eles odeiam as mulheres, as querem em uma condição de miséria e controle. Quando atacam uma escola, passam uma mensagem para as famílias, "melhor não mandar sua filha para a escola". Enquanto planejava este post, o número de mortos subiu para 68. Testemunhas relatam que viram muitos corpos despedaçados. E era véspera do fim do Ramadã, o mês mais sagrado para os muçulmanos. O fim do Ramadã é comemorado com festa e, hoje, muitas famílias estão chorando."
Mais de uma semana depois, a contabilidade do atentado é a seguinte, 85 mortos, a maioria meninas, e 147 feridos. Quantas mães passaram o a última semana chorando e lamentando? Semana passada, no hospital, algumas meninas, como Arifa, disseram que nada as impediria de estudar. Espero que ela tenha o direito de decidir e a proteção necessária.
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