Malala Maiwand era uma das mais importantes jornalistas do Afeganistão, era muito ativa na profissão e nas causas de direitos civis, em especial, das mulheres e crianças. Na última quinta-feira, 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, data em que termina a campanha dos 16 dias pela eliminação da violência contra as mulheres, ela estava se dirigindo para o trabalho e foi morta por atiradores junto com o seu motorista. Sim, assim como no caso Marielle, os criminosos alvejaram um homem que estava trabalhando em seu ataque a uma mulher que os incomodava. O site Aventuras da História publicou que o Estado Islâmico assumiu os assassinatos.
Segundo o site da BBC, a violência contra jornalistas tem aumentado no Afeganistão, relatando o assassinato recente de dois deles, além da tentativa frustrada de eliminar a primeira diretora de cinema do país, Saba Sahar. A matéria da BBC também informa que a mãe da jornalista morta, também ativista dos direitos das mulheres, foi morta cinco anos atrás.
A violência dos grupos extremistas em países como o Paquistão e o Afeganistão tem como um dos objetivos intimidar as mulheres, mantendo-as no espaço doméstico e subordinada aos poderes masculinos, negar-lhes o direito à educação, vide o caso da outra Malala, que quase foi morta anos atrás, e a possibilidade de estarem no mundo do trabalho. E vejam o seguinte, foram as mulheres que perderam a maioria dos direitos com a guerra civil e a tomada de poder pelo Talebã. Se a maioria das mulheres vivia, sim, em uma condição bem difícil, em cidades como Cabul, a capital, era seguro para uma mulher estudar, trabalhar, não usar o hijab, muito menos a abominável burka. Em termos de direitos das mulheres, não existe evolução do pior para o melhor, o que há é a necessidade de luta e vigilância, porque, de uma hora para outra, podem no roubar aquilo que achávamos que estava seguro. Gilead pode se estabelecer em qualquer lugar.
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