Já postamos várias vezes no Shoujo Café matérias comentando os códigos de vestimenta das escolas japonesas, que envolvem, também, os cabelos, e como, pelo menos nos últimos anos, tem havido críticas a essas regras vistas como absurdas, ou desrespeitosas. O extremo, acredito, é obrigar meninos e meninas que não tem cabelo natural castanho escuro, ou preto, a pintá-los para não se destacar dos demais, no entanto, há outras exigências.
Enfim, o Sora News trouxe uma matéria comentando que uma associação de advogados está acusando uma escola da prefeitura de Saga de violar os direitos humanos das alunas entre 12 e 15 anos de uma escola ginasial por obrigá-las a passar por uma inspeção periódica na qual são obrigadas a mostrar uma das alças dos sutiãs. A matéria ressalta que a inspeção é feita por uma professora, mas que isso não reduz a humilhação e coerção.
Segundo o SN, a ideia de impôr um padrão de lingerie, as calcinhas também devem ser brancas, parte da ideia de que a roupa de baixo deve ser modesta e não deve ser vista através do uniforme. Isso impediria a sexualização das meninas e a distração dos colegas. Ora, o sutiã pode ser visto através da blusa branca se for muito colorido, mas calcinha em saia escura? E quando as meninas mudam para aquele uniforme escuro de inverno? Enfim, qualquer pessoa que acompanhe anime e mangá sabe que um item quase obrigatório em material com adolescentes é que a lingerie da menina seja ou branca, ou listrada de branco e azul. O que supostamente foi imposto para proteger, tornou-se objeto de fetichização, vide a imagem acima.
De resto, lembro que queriam exigir das meninas do Instituto de Educação da Tijuca, o mais tradicional do Rio de Janeiro, que elas usassem sutiã branco, ou cor da pele, e as meninas fizeram um protesto com uma fogueira de sutiãs. Virou um escândalo, foi parar nos jornais e a direção da escola recuou. E, olha, achei um artigo sobre a tal Rebelião dos Sutiãs, ela aconteceu em 1997. Vocês podem ler aqui. Essas exigências, na verdade, me parecem menos preocupação e mais exercício de dominação, formatação das meninas, e, em alguns casos, coisa de gente pervertida mesmo.
0 pessoas comentaram:
Postar um comentário