Ontem, faleceu a juíza da suprema corte norte americana Ruth Bader Ginsburg. Ela já estava bem idosa, tinha 87 anos, mas era um dos pilares progressistas dentro da Suprema Corte dos Estados Unidos e figura fundamental para uma leitura progressista das leis e o avanço dos direitos civis das mulheres no país. E não pensem que estou falando somente de direitos reprodutivos, mas de serem reconhecidas como aptas em todos os campos profissionais e de receberem um salário igual aos homens quando na mesma função. Ginsburg chegou à Suprema Corte do país em 1993, indicada por Bill Clinton, ela foi somente a segunda mulher em toda a história dos EUA a ser indicada, a primeira, Sandra Day O'Connor, chegou ao colegiado em 1981, indicada por Ronald Reagan.
Morta Ginsburg, é possível que o atual presidente tenha a chance de indicar mais um nome para a Suprema Corte. A escolha certamente recairá sobre um juiz (*provavelmente será um homem mesmo*), conservador, ou até reacionário. Uma das questões na mira desse grupo é tornar o aborto ilegal nos EUA derrubando as decisões do caso Roe vs. Wade, que garantiu às gestantes o direito à privacidade e interrupção da gravidez. Ele vai correr para fazer isso, especialmente, porque é uma pauta que repercute entre o seu eleitorado. Essa a situação no momento, por isso, Ginsburg, mesmo com câncer e outros problemas de saúde, se esforçava para permanecer trabalhando e presente na Suprema Corte.
Ano passado, estreou nos cinemas um filme sobre Ruth Bader Ginsburg, Suprema (On the Bais of the Sex), que eu resenhei para o blog e onde fiz uma espécie de biografia da juíza. Se quiser mais detalhes sobre Ginsburg, leia meu texto. Há um documentário sobre Ginsburg, também do ano passado, que foi indicado ao Oscar. Para quem quiser procurar, o nome é RGB.
1 pessoas comentaram:
Muito bacana sua postagem, Valéria!
Não conhecia nada a respeito dessa mulher tão importante para a história. Realmente uma grande perda para toda uma categoria social.
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