Hoje, faleceu o quadrinista argentino Quino, cujo nome é Joaquín Salvador Lavado Tejón (1932-2020), mais conhecido como o pai da Mafalda, uma das crianças ficcionais mais queridas do mundo. Mafalda é tão ou mais famosa que Charlie Brown e sua turma, mas ela é latino americana, crítica do sistema e muito mais próxima de nós. Por exemplo, não haveria Armandinho de Alexandre Beck, se Mafalda não lhe indicasse o caminho. E Quino foi firme, parou de publicar Mafalda em 1973, nove anos depois de criá-la, porque acreditava que suas ideias tinham se esgotado e se recusava a aderir a uma produção industrial.
Quino poderia ter sido somente o pai da Mafalda e já seria um titã, mas ele produziu muito mais material. Sempre com um olhar muito crítico sobre as mazelas do mundo, do sistema capitalista, a canalhice dos políticos latino americanos e a hipocrisia das classes abastadas. Um gênio. O mais bem sucedido quadrinista argentino de todos os tempos.
Segundo as notícias, ele teve um AVC. Estava com 88 anos. Sua vida foi muito frutífera e eu espero que ele tenha partido satisfeito com a vida que teve. Ele deixa Mafalda órfã, mas todos nós continuaremos a amá-la e ela nunca ficará sozinha.
2020 levou embora Quino e Juan Padrón (maior quadrinista e animador cubano de todos os tempos).
ResponderExcluirPadron adaptou em animação Mafalda !
https://www.terra.com.br/diversao/gente/quino-1932-2020,caa710e7e5033f70d48871797ad5445exjwzhkqv.html
https://pipocamoderna.com.br/2020/03/juan-padron-1947-2020/
É sério que o Quino não publicou mais nada da Mafalda desde 1973?
ResponderExcluirCom essas tiras absurdamente atuais?
Foi mesmo um visionário e muito a frente no tempo.