Estou devendo um post legal sobre o mês do Orgulho LGBTQ+, mas uma conversa que acabou de acontecer aqui em casa acabou dando um bom texto. A Nickelodeon fez um post localizando quais das suas personagens seriam LGBTQ+ e eu estava assistindo um vídeo da Lorelay Fox sobre isso.
Celebrating #Pride with the LGBTQ+ community and their allies this month and every month 🌈 — Nickelodeon (@Nickelodeon) June 13, 2020
A Júlia, que tem 6 anos, apareceu por aqui e ela perguntou da foto do Bob Esponja na tela. Lá fui eu tentar explicar a sigla LGBTQ+ e tentar localizar mais ou menos as coisas. A sigla é grande e a coisa é um tanto complexa, acredito eu, para uma criança tão pequena. Enfim, expliquei L, G e B, ela cansou. Daí, eu disse que não sabia bem em qual letra o Bob Esponja entraria desse alfabeto, porque a Nick não tinha explicado. Ela disse, "No começo." e desenhou com o dedo em uma caixa que estava perto dela o "A" e, depois, o "B". "Viu? Bob Esponja." E tudo ficou bem e ela voltou para os seus intensos afazeres como artista da pandemia.
Crianças são expostas o tempo inteiro a situações de afeto nos desenhos que assistem. E por afeto entendam o simples gostar, o abraçar e, eventualmente, um beijo, ou um casamento. Em desenhos para um público infantil não passa disso e não deve passar mesmo. Agora, normalmente, o que se oferece é heteronormativo, porque todo esse material tem uma função didática, também. Socializar, educar e direcionar os afetos, o que é "certo" e o que "não é". De qualquer forma, essa satisfação da Nick não foi dada para a Júlia, mas para os adultos e em termos de representatividade é muito importante. E não acho que isso vai impactar em nada o comportamento do Bob Esponja, que é uma personagem divertida, insana e que expressa o afeto por todos que estão ao seu redor sem muita medida e sempre de forma bem ingênua.
Crianças são expostas o tempo inteiro a situações de afeto nos desenhos que assistem. E por afeto entendam o simples gostar, o abraçar e, eventualmente, um beijo, ou um casamento. Em desenhos para um público infantil não passa disso e não deve passar mesmo. Agora, normalmente, o que se oferece é heteronormativo, porque todo esse material tem uma função didática, também. Socializar, educar e direcionar os afetos, o que é "certo" e o que "não é". De qualquer forma, essa satisfação da Nick não foi dada para a Júlia, mas para os adultos e em termos de representatividade é muito importante. E não acho que isso vai impactar em nada o comportamento do Bob Esponja, que é uma personagem divertida, insana e que expressa o afeto por todos que estão ao seu redor sem muita medida e sempre de forma bem ingênua.
0 pessoas comentaram:
Postar um comentário