Palavra que quando eu vi a notícia no The Jakarta Post (*sigo o jornal no Twitter*), temi que o criador da personagem, Takao Saito, estivesse doente. Não está. A questão é que Golgo 13 (ゴルゴ13), série que segue as aventuras do agente Duke Togo em suas ações pelo mundo, é produzido em um estúdio. O autor tem o controle da personagem, mas há várias etapas da produção que contam com roteiristas, desenhistas e por aí vai. É algo raro no Japão, mas Golgo funciona desse jeito.
Golgo 13 went on its first hiatus since his debut in 1968. It took a global pandemic to interrupt 52 years of constant comic craft. Take a well deserved break, Mr. Saitou. https://t.co/VJ9U0ulkhL— Minovsky (@MinovskyArticle) May 8, 2020
A própria nota do autor e dos editores na revista Big Comic, que publica a série, diz o seguinte: "Dada a divisão de trabalho entre os funcionários da série de mais de 10, tornou-se cada vez mais difícil continuar produzindo o mangá, (...) Espero que você entenda (...) Não vamos ceder ao vírus e já estamos planejando o 600º capítulo. Por favor, tome cuidado." Golgo 13 sai quinzenalmente, o próximo capítulo, o 599º sairá normalmente em 25 de maio, ele já está pronto, mas, depois disso, a série fica em hiato até que haja mais normalidade. E é bom esclarecer uma coisa, o texto em inglês falava em "capítulo", mas eles são partes de uma "missão". Golgo 13 é um mangá episódico, então, em um volume pode haver mais de uma missão formada por capítulos de 36 páginas nos quais todos os envolvidos são creditados, o criador, os roteiristas, os desenhistas etc. A série está perto do volume 197. Para se ter uma ideia, uma matéria do G1 trouxe a informação de que mais de 90% das UTIs em Tokyo está ocupadas com pacientes com COVID-19.
1 pessoas comentaram:
Eu gostei bastante de Golgo 13. Uma pena que a JBC só lançou 3 volumes da série. Por ser episódica, nem seria necessário lançar tudo. Mas pelo visto, não agradou o público padrão de manga no Brasil.
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