Fiz um post sobre o cancelamento das Olimpíadas, algo que o COI (Comitê Olímpico Internacional) está efetivamente discutindo, e tropecei em uma notícia do The Mainichi, um jornal japonês, que é bem assustadora. Um sindicato denunciou que muitos locais de trabalho estão proibindo seus funcionários de usarem máscaras. Sim, usar máscara parece que é o mínimo que a maioria faz quando tem um simples resfriado no Japão, mas em uma situação tão séria, há patrões colocando em risco a vida das pessoas.
O sindicato instalou uma linha para denúncias em 24 de fevereiro. Outra denúncia sendo feita é que patrões estão avisando aos funcionários que caso sejam obrigados a dar folga, ou o funcionário seja impedido de vir trabalhar por causa do vírus, não será pago. Essa é uma faceta bem perversa do capitalismo, vamos combinar e seria caso de intervenção estatal. Acontecerá? Não sei.
Outra notícia do Japão relativa ao vírus é um apelo feito pelo primeiro-ministro Shinzo Abe para que os organizadores de grandes eventos que cancelem as próximas duas semanas. A fala reproduzida pelo Kyodo News é a seguinte: "Em vista dos riscos de transmissão em larga escala, decidimos solicitar (organizadores) o cancelamento, adiamento ou realização de eventos esportivos e culturais em todo o país em uma escala menor do que o planejado para as próximas duas semanas em todo o país". Talvez, essa surpreendente inabilidade japonesa esteja na raiz da discussão sobre o cancelamento das Olimpíadas. Talvez.
No caso do Brasil, foi confirmado (*prova e contra-prova*) que um brasileiro de 61 anos, morador de São Paulo, que esteve em viagens de negócios na Itália é o primeiro caso de Coronavírus na América do Sul. Ele chegou no dia 21 de fevereiro e, agora, estão buscando as outras pessoas que estavam no voo. A Itália é o país europeu com o maior número de casos e mortes. Por lá, há cidades isoladas e os eventos, inclusive campeonatos de futebol, foram cancelados, ou adiados.
E há uma morte suspeita acontecida em Belém, uma estrangeira, funcionária de um cruzeiro, que teria falecido com problemas respiratórios. Neste caso, estão ainda investigando. O fato é que com o Carnaval, e o caso confirmado nada tem a ver com a festa, será quase um milagre se não aparecerem casos no Brasil. A fala do ministro da Saúde foi a seguinte: “Nós vamos nos preparar da melhor maneira. Mas é preciso ter calma. É uma gripe, vamos passar por ela e colocar todas as fichas na ciência. E não podemos perder a noção de humanidade”.
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