domingo, 8 de dezembro de 2019

Aladdin reclama que não consegue emprego, enquanto o Príncipe Anders (*Quem?*) ganha série própria na Disney +


Sabe aquelas situações em que você fica meio perplexa com algumas notícias?  Não, não estou falando do mundo político brasileiro, estou falando de Disney e cinema.  No início da semana passada, tinha visto a reclamação do ator Mena Massoud, que fez o protagonista do live action de Aladdin, de que apesar do sucesso do filme, não conseguia emprego e sequer era aceito para audições.



Não é novidade que o cinema hollywoodiano vem se esforçando para ampliar os papéis para não-brancos, especialmente, fugindo dos estereótipos mais comuns.  O problema é que esse esforço não vem rendendo frutos rapidamente e continuamos tendo homens brancos ocupando os papéis mais importantes em detrimento das mulheres, negros, e outros grupos.  Ainda assim, é alarmante que Mena Massoud esteja desempregado, para coroar a tragédia, veio o anúncio de que a Disney +, canal de streaming da empresa, iria fazer um spin-off estrelado pelo príncipe Anders"Quem?"  Talvez, você tenha perguntado.



O Príncipe Anders (Billy Magnussen) foi o único ator branco com algum destaque no filme Aladdin e era um dos pretendentes de Jasmine (Naomi Scott).  Ele é um alívio cômico bem esquecível dentro do filme que agradou muita gente e desagradou outras tantas pessoas.  No geral, eu gostei da adaptação, mas Anders não faria falta alguma.  De qualquer forma, segundo as notícias, Magnussen chegou com a ideia na Disney e ela teria sido aceita e colocada em pré-produção.  O fato é que essa história pegou muito, muito mal.



Veja que doideira isso.  Bastou o moço branco chegar na Disney e conseguir que sua ideia fosse bancada.  Enquanto isso, Massoud sequer consegue participar de audições para papéis em Hollywood.  Vendo a discussão no Twitter, houve quem apontasse que o moço é mau ator e que Rami Malek consegue qualquer papel, apesar de ambos serem egípcios.  Bem, Malek é norte-americano, mas todos os árabes são iguais e não existe racismo. Se Massoud não consegue trabalho é porque ele não se esforça o suficiente, ou não tem talento.  😉 

Enfim, acho prematuro até falar da carreira de sucesso de Malek, porque, bem, ele deu muita sorte de estar em um filme que bombou como bombou (*eu sei, é o efeito Queen*) e que recebeu inclusive prêmios que não merecia.  E eu gostei de Bohemian Rhapsody, mas é um filme bem apelão.  A questão é que não vi Malek recebendo papéis de protagonista em cadeia ao seu mais que justo sucesso como Freddie Mercury e já vi muita gente talentosa sendo colocada na geladeira por ter nascido com a cor de pele errada, o sexo biológico menos desejável, ou a orientação sexual que só atrapalha.  E, não, amiguinhos, ser o VILÃO do novo 007 não é algo legal, trata-se meio que do nicho para o sujeito exótico.  Acreditem! Nada de novo sob o sol. Terminando, espero que a Disney repense certos projetos e que tanto Massoud, quanto Malek, possam ter bons papéis no cinema para interpretar.

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