Hoje, 25 de Novembro, lembramos que os índices de violência contra as mulheres é enorme em muitos países e presente mesmo em nações muito desenvolvidas. Só para citar um exemplo, o DW publicou a seguinte matéria hoje "A cada cinco minutos uma mulher é vítima de violência na Alemanha". Como o conceito de violência varia muito tanto cultural, quanto na legislação, imaginem que o que pode ser tratado como crime na Alemanha, talvez não fosse no Japão, na Arábia Saudita, ou mesmo no Brasil.
Em sociedades patriarcais, e todas as sociedades modernas são em menor, ou menor grau, centradas ainda na figura masculina, a violência contra as mulheres é legitimada de várias formas. "Ela mereceu." "Ele estava nervoso, mas ela a ama." "Ela não deveria estar usando aquela roupa." "Ela ofendeu a honra do marido." "Ela não aceitou o meu amor." "O que ela estava fazendo na rua?" "Ela não era mais criança, ela provocava o fulano." etc. Basta abrir um jornal, grande portal, em qualquer língua e você encontrará uma miríade de notícias. Segundo a ONU, a violência contra as mulheres abrange qualquer ato que cause danos em saúde mental, física, sexual e reprodutiva de uma mulher. Mas qual é a história dessa data?
As irmãs Mirabal: Pátria, Minerva e Maria Teresa.
"No dia 25 de novembro de 1960, as irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, conhecidas como “Las Mariposas”, foram brutalmente assassinadas pelo ditador Rafael Leônidas Trujillo, da República Dominicana. As três combatiam fortemente aquela ditadura e pagaram com a própria vida. Seus corpos foram encontrados no fundo de um precipício, estrangulados, com os ossos quebrados. As mortes repercutiram, causando grande comoção no país. Pouco tempo depois, o ditador foi assassinado. Em 1999, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas instituiu 25 de novembro como o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher, em homenagem às “Mariposas”. Ou seja, durante um dia no ano, incitam-se reflexões sobre a situação de violência em que vive considerável parte das mulheres em todo o mundo." (via Revista Bula)
Como vocês percebem, demorou um bom tempo para que a ONU se posicionasse e criasse não somente a data, mas a campanha de 16 dias de ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Por que 16 dias? Porque o período termina no Dia dos Direitos Humanos, data estabelecida pela ONU, em 1950, dois anos após a Organização das Nações Unidas (ONU) adotar a Declaração Universal do Direitos Humanos como marco legal regulador das relações entre governos e pessoas. O estabelecimento desse acordo internacional, do qual o Brasil é signatário, foi impulsionado pelo horror do Holocausto produzido pelos nazistas, não somente contra os judeus (*não que seja pouco*), mas contra ciganos, homossexuais, deficientes físicos e mentais, soviéticos etc.
Procissão em Copenhague, na Dinamarca, alerta para violência contra a mulher. Foto: ONU Mulheres/Nicolai Zoffmann |
Não sei se vou fazer um post por dia até 10 de dezembro, mas estou com vontade de repetir o que fiz alguns anos atrás e postar algo sobre o tema durante o período de 16 dias. Vamos ver se eu aguento, porque, sim, causa sofrimento ler sobre mulheres e meninas sofrendo e comentar essas notícias. Mas vamos lá, nunca foi tão necessário falar do tema.
1 pessoas comentaram:
Oi, Valéria. Vi o depoimento da atriz Melissa Benoist (Supergirl) sobre violência doméstica e achei interessante divulgar. A série é muito popular entre garotas jovens e serve como alerta e encorajamento pra quem vive relacionamento abusivo. Na época de casada, Melissa chegou a dar uma entrevista na tv falando que o dano irreparável em seu olho havia sido fruto de um acidente :(
https://youtu.be/MmDrJBECznQ
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