Menina japonesa diz o que mais odeia em seu uniforme escolar "Por que somente as meninas precisam sentir frio?"

Convencionou-se entre os fãs de anime e mangá que os uniformes japoneses são lindos.  Os da ficção passaram a influenciar algumas escolas a modernizarem, ou embelezarem os seus, no Japão.  Há outra crença largamente arraigada, de que TODAS as meninas japonesas gostam de enrolar as sais de seus uniformes e andarem com suas pernas de fora, esteja calor, ou frio.  Verdade, e já ouvi isso de uma amiga que fez intercâmbio, que é muito comum, mesmo no inverno.  No entanto, ser comum, não torna regra e chegamos a uma matéria do Sora News.

Uma menina cursando o terceiro ano do colegial fez um desabafo no Twitter.  Ela odeia não poder usar meias calças com o uniforme no inverno.  Ela diz que a regra que as proíbe, parece que está no código de vestimenta da instituição, não se aplica aos garotos, primeiro, porque eles usam calças, segundo, porque eles podem usar meias mais grossas por baixo de seus uniformes sem serem pegos pela inspeção.  embora o termo machista não apareça no texto da garota (*eu só tenho acesso à tradução, claro*), é isso que acontece.

タイツ禁止辛い。
男子は履いててもバレないからズボンの下にタイツ履いてて、なんで女子だけこんな寒い思いしないといけないんだろ。

こんなことしてる人達に男女平等なんて教えられたくない。

— 中学生 (@otonakodomo_) February 15, 2019

Não sei se vocês leram um dos jornais do blog (*sim, estou atrasada, mas é tanto trabalho que eu estou caindo de cansaço*), sobre uma mãe pedindo a mesma coisa, que permitissem que sua filha, que sente muito frio, usasse meia calça com o uniforme.  A escola respondeu que meninas pensam melhor quando estão com frio nas pernas.  "Não pode, porque meninas com pernas aquecidas não conseguem se concentrar [nos estudos]."  Sim, é esse o nível da tortura.

E falo em tortura, porque estar com frio pode ser um sofrimento, pode fazer com que fiquemos doentes.  Eu fui transferida de seção no meu trabalho e quase em cima da minha mesa há um ar condicionado muito potente.  Na grande sala, há dois, mas o sobre a minha mesa e as mesas do povo da História é colocado em 17°C.  A sala fica vazia, com quatro ou cinco, se torna uma geladeira.  A pessoa responsável pela façanha, chega cedo, liga e, não raro, esconde o controle para que ninguém possa mexer na regulagem ou desligar.  Todo mundo sabe quem é, mas, por questões de hierarquia, praticamente ninguém tem condições de reclamar de forma enfática.  Meu protesto será ficar doente, porque eu sei que vou, e terem que me substituir.  Mesmo com o da outra ponta desligado, ainda assim, é frio, especialmente para alguém como eu, que sente muito frio.  E nem falo com o gasto do dinheiro público, porque, ao que parece, esse nem é o problema para a pessoa.  Enfim, sou solidária com essas meninas.