Ainda falando do massacre na escola de Suzano que vitimou cinco alunos, todos meninos, e duas professoras, é preciso destacar a atuação da cozinheira Silmara Moraes. Na confusão que se seguiu ao ataque dos dois sujeitos, entre 50 e 70 alunos correram para a cozinha. Dona Silmara, acredito que com outras colegas, bloqueou a porta com um freezer e uma geladeira e impediu que os assassinos entrassem. Foi o tempo suficiente para que os policiais chegassem.
Nas suas próprias palavras "Começou um pipoco, a gente achava que era bombinha. Mas aí vimos que era sério e colocamos o maior número de crianças lá dentro (da cozinha). E ali ficamos até a polícia chegar e tirar a gente. Foi desesperador. Mas a gente teve que manter a calma, porque tem que cuidar das crianças. Mas você também entra em pânico. Porque eles estavam próximos e a cozinha é rodeada de janela. A gente deitou no chão e nós não vimos nada com medo que atirassem. Mas graças a Deus nada aconteceu com quem não estava lá. Eu arrastei a geladeira e o freezer para fazer uma barricada e ficamos atrás. A mesa viramos e fizemos um escudo para proteger as crianças. Ficamos acuados em um canto só, se acontecesse alguma coisa ele ia pegar muita gente.” TEM QUE CUIDAR DAS CRIANÇAS.
É o que a maioria dos profissionais que trabalham em escolas faz, cuida, protege, não raro vai além do que sua função exige. A professora de espanhol, Jussara Melo, também agiu rápido e bloqueou a porta. Essas pessoas não tinham armas, mas tinham empatia e senso de oportunidade. Isso faz muito mais diferença. Enfim, é preciso lembrar dessas pessoas, registrar seus nomes, assim como o dos policiais, inclusive um que chegou primeiro e estava à paisana, já os assassinos, deve-se arrancar deles o seu prêmio que é serem lembrados.
P.S.: Aqui, há o relato de duas outras professoras, além da Prof.ª Jussara, que bloquearam portas e acalmaram seus alunos e alunas.
P.S.: Aqui, há o relato de duas outras professoras, além da Prof.ª Jussara, que bloquearam portas e acalmaram seus alunos e alunas.
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