sábado, 17 de novembro de 2018

Mangá Yuri que fala de Bullying e da descoberta da Sexualidade tem primeiro volume lançado no Japão + Pequena Review


O Comic Natalie trouxe um post promovendo o mangá Atashi no Senpai (アタシのセンパイ) do (*acho que é homem*) mangá-ka Shioya Teruko (*não sei se é mulher, ou homem, mas pelo Twitter, acho que é uma autora*).  Olhei oito capítulos raw disponíveis no sita LHScans e tive "mixed feelings".  Vou fazer uma pequena review às cegas, não sei japonês, nem sequer descobri o nome das protagonistas, porque apesar de tudo, achei a história promissora.

Capa do primeiro volume.
A série tem como protagonista é uma aluna do segundo ano que faz parte da equipe de atletismo.  Contrariando o estereótipo comum, ela tem cabelos longos e um aspecto bem feminino.  Um dia, ela ajuda uma kouhai (*significado*) que se molhou na chuva, uma menina franzina e tímida.  A senpai fica fascinada pela menina, mas não entende seus sentimentos.  Quando recebe as roupas de volta, ela sem nem perceber abraça e cheira as roupas.  E há a melhor amiga da senpai, que parece ser mais uma companheira mesmo do que nutrir sentimentos românticos por ela.  Melhor assim.
A reação da protagonista ao presenciar o abuso.
No outro dia, a jovem vê a outra garota entrar em uma espécie de armário de limpeza.  Ela vai espiar e percebe que ela está sendo violentada (*não há duvida do que está acontecendo MESMO*) por uma garota aparentemente mais velha, uma senpai, talvez.  A garota mais velha tem um ar de ojou-sama do mal.  O conteúdo da cena é bem explícito (*pense hentai mesmo*) e meio vouyerístico.  

Ojou-sama do mal parece ter alguma carta na manga.
Foi isso, aliás, que me incomodou no mangá.  Ele é seinen e oferece uma situação de violência como algo para deleite do leitor homem.  Será que teremos alguma reflexão sobre a questão?  São pouquíssimas cenas assim nos oito capítulos que olhei, mas me incomodaram muito.  Certamente, a menina está sendo chantageada e constrangida.  O próprio CN fala que ela guarda um segredo.


Pequenos gestos de apoio e amizade.
A partir daí, a protagonista parece obcecada por livrar a kouhai do abuso, ajudá-la mesmo, e a ojou-sama do mal (*ela me lembrou uma das irmãs vilãs de Sukeban Deka*) tentando envolvê-la, de alguma forma.  Ela enfrenta a outra, mas não tem como romper os ciclos de abuso.  A menina mais jovem, empurrada pela ojou-sama maligna tenta enredar a protagonista, talvez a menina nem saiba separar direito o que é afeto e o que é abuso.  Mais tarde, ela parece confundir os atos de bondade da senpai com o dever de prestar-lhe algum favor sexual, mas a moça mais velha resiste aos avanços.

A protagonista se sente impotente.
Toda essa situação faz com que a protagonista descubra que deseja a colega e passa a sentir que seu corpo está ali, bem vivo.  Há cenas de masturbação que não são explicitas, ou, pelo menos, tão explicitas, quanto as de abuso sexual.  Nesse caso, elas funcionam como algo pedagógico, eu diria e se ajustam bem ao traço delicado do mangá.  Delicado, porém não inocente, dado o conteúdo sexual que comentei no terceiro parágrafo.

A melhor amiga da protagonista
 se preocupa com ela.
Enfim, com o andar dos capítulos, a menina mais nova parece entender que gosta da senpai e as duas começam a interagir mais, saem juntas para se divertir.  Visivelmente a mais velha quer ajudá-la a se livrar da ojou-sama maligna.  Está tudo em japonês, então, estou deduzindo tudo.  No capítulo 8, as duas fazem amor.

O primeiro beijo.
Bem, bem, se as cenas de violência sexual não tivessem um tratamento quase de hentai, eu diria que a série tem tudo para ser interessante. Talvez nem seja longa.  Eu fiquei interessada em ver como o amor pode ajudar uma menina ferida e abusada a encontrar a felicidade.  Da mesma forma, a senpai e sua descoberta da sexualidade parecem desenvolvidas de forma bem razoável.  De repente, com algum sucesso, a série termine sendo animada, já que outros yuri estão virando animação.  Só vão ter que minimizar esse conteúdo sexual (*espero que mesmo o mangá o faça*), mas deve ser coisa do perfil da revista, a Young King Ours GH.

1 pessoas comentaram:

A protagonista chama Tsukamoto e a senpai dela chama Okazaki. :)

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