Não conhecia Yagate Kimi ni Naru (やがて君になる), mangá de Nio Nakatani, que estreará no dia 5 de outubro no Japão, mas apareceu no Comic Natalie e, no resumo que encontrei havia um detalhe curioso, a protagonista é fã de shoujo mangá. O resumo é mais ou menos o seguinte:
Fofinha a capa do volume 2. |
Yuu sempre amou mangá shoujo e aguarda o dia em que ela receberá uma confissão de amor como nos mangá que costuma ler. Um colega do ginasial fez uma declaração de amor, mas ela não sentiu NADA! Desapontada e confusa, Yuu entra no colegial sem ter certeza de como responder ao rapaz. Só que Yuu conhece a linda presidente do conselho estudantil Nanami e a vê recusar um pretendente com tal maturidade que ela é inspirada a pedir ajuda a ela. Mas a próxima pessoa a se declarar para Yuu é a própria Nanami. Será que seu romance shoujo finalmente começou?
Ilustração de promoção do anime. |
Bem, a autora do mangá original é mulher, mas a revista é shounen. Por acaso, a mesma revista de uma das minhas séries mais amadas, Azumanga Daioh (あずまんが大王), a Comic Dengeki Daioh. Enfim, há yuri shoujo, josei, seinen e shounen, é um gênero que atravessa todas as demografias. O problema maior, se é que é um problema, é o fato de alguns clichês serem complicados. Em muitos shoujo/josei o amor entre meninas é uma fase que precede o casamento, algo nascido dentro de ambientes muito homossociais, isto é, onde predominam pessoas do mesmo sexo. Algo assim acontece no clássico Onii-sama E..., mais no anime do que no mangá.
Outra ilustração de propaganda. |
Nos clássicos fundadores do gênero, o par romântico é separado pela tragédia e a protagonista que fica viva, normalmente, a parte mais dócil do casal, encontra o amor, ou pelo menos o casamento, nos braços de um homem... como deve ser, não é mesmo? Shiroi Heya no Futari (白い部屋のふたり), o fundador do gênero, por assim dizer, é assim. Maya no Souretsu (摩耶の葬列) é outro na mesma linha e dos anos 1970. Claudine...! (クローディーヌ...!), que eu resenhei ontem, vai na mesma batida, sendo o mais trágico de todos, eu diria. Todos tem scanlations. Em alguns materiais que foram publicados em revistas para garotos, ou que vão direto para a animação, há muito fanservice e situações de violência.
O único feel good anime yuri que me lembro é Maria-sama ga Miteru (マリア様がみてる), que até jogava com os clichês, mas ia além deles, enfim... O mangá de Yagate Kimi ni Naru chegou no volume 6 e continua sendo publicado. Este ano, tivemos um anime yuri-shoujo que fez muito sucesso, Asago to Kazae-san。(あさがおと加瀬さん。), mas o público que gosta do gênero é bem carente de opções. Vamos ver como Yagate Kimi ni Naru se sai por aí.
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