Estou com a matéria do ANN aberta faz um tempo, até pensei em comentá-la no Shoujocast, mas decidi adiantar. De tempos em tempos, eu comento o cancelamento de antologias no blog. Também venho pontuando que, pelo menos para mim, que estou aqui de observadora distante, o mercado japonês está mudando. As antologias, que pré-publicam capítulos de mangá e que eram um item descartável, sempre funcionaram praticamente no vermelho, mas as vendagens, mesmo das top revistas, como a Shounen Jump, vem em declínio faz tempo.
Esse declínio parece ter se acentuado particularmente com o avanço da internet. Não é que os japoneses estejam consumindo menos mangá, mas que casa vez mais, parecem preferir ler pelo celular, as próprias editoras vem lançando suas plataformas de leitura e várias antologias já nascem virtuais. De resto, segue o padrão de somente colecionar os encadernados favoritos. Mas algo diferente aconteceu este ano, as antologias, algumas importantes, como a Betsuhana, a You (*essa me deixa confusa... cancelou mesmo?*), a Young Animal Arashi, foram canceladas.
Segundo o ANN, há um mapeamento dos cancelamentos de antologias desde 1995, desde então, o ano com o maior número de revistas canceladas foi 2014 com 14 antologias no primeiro semestre e 36 ao todo no ano. Diferença? Eram revistas desconhecidas, assim, o impacto foi reduzido.
A matéria comenta a opinião de alguns especialistas, um deles, o Professor Yashio Uemura, pontuou que muitas crianças sequer estão aprendendo a ler mangá em antologias (*Será que os japoneses estão deixando crianças pequenas lerem no celular?*) e que a abundância de aplicativos de leitura gratuitos tem impactado as vendas das antologias. Outro especialista, Kyōhei Shibata, pontua que as revistas que buscam formas criativas de atrair os leitores tem se mantido saudáveis. Sim, é verdade, mas basta pegar os relatórios anuais e perceber que mesmo as grandes revistas encolheram, independente de se manterem vivas e bem.
Qual o impacto disso? Imagino que setores da economia japonesa, como o das gráficas iram sofrer o golpe. De resto, todo o setor parece estar se adequando. Outro setor que certamente poderá sentir é o das livrarias. Eu sei que muita gente prefere papel, eu mesma gosto de ter um livro em mãos, folheá-lo, mas, no Japão, as coisas parecem estar mudando, isso, claro, se o que o primeiro especialista pontuou, procede e crianças pequenas estão aprendendo a ler mangá em aplicativos. Será que o setor de livrarias vai minguar no Japão?
Hoje, muitos mangás começam a ser lançados direto na internet, nas plataformas, como o do Line. Alguns, quando fazem sucesso, fazem a transição para revistas físicas, outros vão direto para os encadernados. Outro ponto importante, é que há revistas que se tornaram digitais, outras, como a Mobile Flowers, nasceram assim.
De resto, como enquadrar de cara a demografia de um novo mangá? Vai tudo, ou quase tudo, virar seinen? Teremos que esperar que os autores, editoras sites, se manifestem? Algumas coisas, a gente tenta enquadrar, mas será que mesmo essa coisa de demografia não vai mudar no processo? É esperar para ver como os japoneses se posicionam a respeito. Agora, vejam só, ao que parece, a crise editorial não acontece somente no Brasil, mas crise pode ser motor para mudanças, ou para o desespero... O que será?
Qual o impacto disso? Imagino que setores da economia japonesa, como o das gráficas iram sofrer o golpe. De resto, todo o setor parece estar se adequando. Outro setor que certamente poderá sentir é o das livrarias. Eu sei que muita gente prefere papel, eu mesma gosto de ter um livro em mãos, folheá-lo, mas, no Japão, as coisas parecem estar mudando, isso, claro, se o que o primeiro especialista pontuou, procede e crianças pequenas estão aprendendo a ler mangá em aplicativos. Será que o setor de livrarias vai minguar no Japão?
Hoje, muitos mangás começam a ser lançados direto na internet, nas plataformas, como o do Line. Alguns, quando fazem sucesso, fazem a transição para revistas físicas, outros vão direto para os encadernados. Outro ponto importante, é que há revistas que se tornaram digitais, outras, como a Mobile Flowers, nasceram assim.
De resto, como enquadrar de cara a demografia de um novo mangá? Vai tudo, ou quase tudo, virar seinen? Teremos que esperar que os autores, editoras sites, se manifestem? Algumas coisas, a gente tenta enquadrar, mas será que mesmo essa coisa de demografia não vai mudar no processo? É esperar para ver como os japoneses se posicionam a respeito. Agora, vejam só, ao que parece, a crise editorial não acontece somente no Brasil, mas crise pode ser motor para mudanças, ou para o desespero... O que será?
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