A Sam Bonfim me alertou dessa sondagem do Gooranking, que é do ano passado, e eu fui olhar e, bem, shoujo, muito shoujo, além de mangás seinen de autoria feminina, então a gente tem que traduzir e é para já! Meu marido torceu o nariz, porque Rurouni Kenshin está em primeiro, mas, enfim, se os japoneses gostam... E eu acho Kenshin bem legal e isso nada tem a ver com defender o autor, que deveria ter tomado uma punição séria por colecionar pornografia infantil. E, logo em terceiro, A Rosa de Versalhes! Sim! Sim! Sim!
Rurouni Kenshin, primeiro lugar isolado. |
1. Rurouni Kenshin (Nobuhiro Watsuki) - 430 votos
2. Kingdom (Yasuhisa Hara) - 180 votos
3. Rosa de Versalhes (Riyoko Ikeda) - 174 votos
4. Sangokushi (Mitsuteru Yokoyama) - 149 votos
5. Houshin Engi (Ryu Fujisaki) - 119 votos
6. Nobunaga Kyousoukyoku ou Nobunaga Concerto (Ishii Ayumi) - 105 votos
7. Hana no Keiji (Arte/Tetsuo Hara, Roteiro/Aso Mio e Ryu Keiichiro) - 103 votos
8. Asaki Yumemishi (Waki Yamato) - 94 votos
9. Anatolia Story (Chie Shinohara) - 89 votos
10. Thermae Romae (Mari Yamazaki) - 83 votos
Asakiyumemishi, Waki Yamato retratando um clássico imortal. |
Assim, eu não consigo não amar Anatolia Story. |
11. Jun (Murakami Motohara) - 82 votos
12. Hadashi no Gen ou Gen, Pés Descalços (Keiji Nakazawa) - 77 votos
13. Basilisk (Roteiro/Yamada Fuutarou, Arte/Segawa Masaki) - 60 votos
14. Ouke no Monshou (Roteiro/Fumin, Roteiro/Arte/Hosokawa Chieko) - 56 votos
15. Hi Izuru Tokoro no Tenshi (Ryouko Yamagishi) - 53 votos
15. Ōoku (Fumi Yoshinaga) - 53 votos
17. Onmyouji (Roteiro/Yumemakura Baku, Arte/Okano Reiko) - 50 votos
18. Oi! Ryouma (Roteiro/Takeda Tetsuya, Roteiro/Koyama Yuu) - 44 votos
18. Hi no Tori (Osamu Tezuka) - 44 votos
20. Vagabond (Roteiro/Yoshikawa Eiji, roteiro/Arte/Inoue Takehiko) - 42 votos
Quatro mangás shoujo nessa parte da lista. Percebem que os japoneses não fazem separação entre história e história alternativa (ucronia), está aí Ōoku para provar, mais abaixo, tem Zipang, que segue a mesma premissa. Viagem no tempo vale, também, daí, Ouke no Monshou aqui, Anatolia Story no top 10 e Ashi-Girl na próxima seção. Acredito que em termos de datação histórica, o material mais recuado no tempo em termos de história japonesa nessa seção é Hi Izuru Tokoro no Tenshi, que fala do Príncipe Shotoku (574 -622). É um clássico, sucesso de critica e público, mexeu com uma personagem divinizada no Japão e o transformou em um homem gay, para os padrões do shounen-ai da época. Agora, quando saímos do Japão, tem Ouke no Monshou que nos leva, assim como Anatolia Story, para o século XIV a.E.C. (Antes da Era Comum, o nosso "Antes de Cristo"). Onmyouji é baseado em livros de suspense/terror e se passa na Era Heian. é um clássico dentro do seu nicho.
Agora, Hi no Tori de Tezuka retorna à Pré-História, então, supera Hi Izuru Tokoro no Tenshi. Não sabia que era dos anos 1950, ou tinha começado a ser publicado lá. Acreditava que era dos anos 1970. Jun, que acompanha a vida de um médico durante a Revolução Meiji e a guerra civil, é muito elogiado. Enfim, dessa leva, saíram no Brasil Gen, Pés Descalços, clássico inquestionável, e Vagabond, que eu, particularmente, acho muito chato, mas é isso, opinião pessoal pela Conrad.
Imagem comemorativa de TRINTA ANOS de Ouke no Monshou. A série está completando 43 anos este anos. |
Onmyouji: arte elaborada e temática instigante. |
21. Kaze Hikaru (Taeko Watanabe) - 36 votos
22. Souten Kouro (Roteiro/Li Xue Ren, Arte/Roteiro/King Gonta) - 31 votos
23. Azumi (Yuu Koyama) - 27 votos
24. Emma (Kaoru Mori) - 25 votos
25. Sengoku (Miyashita Hideki) - 22 votos
25. Otoyomegatari (Kaoru Mori) - 22 votos
25. Zipang (Kaiji Kawaguchi) - 22 votos
28. Historie (Hitoshi Iwaaki) - 21 votos
28. Ashi-Girl (Kozueko Morimoto) - 21 votos
30. Golden Kamui (Noda Satoru) - 20 votos
30. Adolf (Osau Tezuka) - 20 votos
Kaze Hikaru é sucesso de crítica e público por mais de 10 anos. |
Ashi-Girl, uma garota moderna vai parar em um dos períodos mais conturbados da história do Japão. |
Historie pode ser bem violento, também. |
32. Innocent (Sakamoto Shinichi) - 19 votos
33. Hyouge Mono (Yamada Yoshihiro) - 17 votos
34. Outen no Mon (Yaku Haibara) - 13 votos
34. Cesare (Fuyumi Souryo) - 13 votos
34. Ookami no Kuchi: Wolfsmund (Mitsuhisa Kuji) - 13 votos
37. Tenchi Meisatsu (Roteiro/Ubukata Tow, Arte/Maki Ebishi) - 12 votos
37. NHK Sono Toki Rekishi ga Ugoita Digital Comics Hen (Diversos) - 12 votos
39. Zipang - Shinsou Kairyuu (Kaiji Kawaguchi) - 10 votos
40. Vinland Saga (Makoto Yukimura) - 9 votos
40. Fushigi no Kuni no Bird (Taiga Sassa) - 9 votos
42. Fuuunjitachi (Tarou Minamoto) - 8 votos
43. Yukibana no Tora (Akiko Higashimura) - 7 votos
43. Y十M ou The Yagyu Ninja Scrolls (Roteiro/Yamada Fuutarou/Arte/Segawa Masaki) - 7 votos
43. Sekiryuuou (Motomiya Hiroshi) - 7 votos
46. Inshuu Densetsu (Yokoyama Mitsuteru) - 6 votos
47. Plinius (Roteiro/Arte/Mari Yamazaki, Arte/Tori Miki) - 5 votos
47. Bin - Sonshi Iden (Kouji Hoshino) - 5 votos
47. Asagiro - Asagi Ookami (Minoru Hiramatsu) - 5 votos
50. Outros - 250 votos
Nessa seção temos a única aparição de Akiko Higashimura, afinal, ela não é conhecida por mangás históricos, suas séries são contemporâneas, principalmente. Yukibana no Tora é história alternativa, na qual a autora pega uma figura histórica, nesse caso o daimio Uesugi Kenshin (1530-1578), poderoso líder militar do período Sengoku, e imagina que ele, na verdade, era ela. Percebem como esse tipo de trama é recorrente e como, normalmente, o resultado é satisfatório? Outro destaque é para Fushigi no Kuni no Bird, de Taiga Sassa. A série conta a história da exploradora e geógrafa escocesa Isabella Lucy Bird (1831-1904), que viajou pelo mundo no século XIX e esteve no Japão, na China, Vietnã e Coreia. A arte é linda e o mangá parece interessante.
Aqui, nessa seção temos também Cesare, de Fuyumi Souryo, que, para mim, faz par com Vagabond: autor/a de peso, tema histórico, arte impressionante e chatice. Souryo, que nos deu Mars, fez uma série que, ao final de cada volume, traz uma bibliografia digna de uma monografia de faculdade. Agora, é tão chata, formal, e sem emoção que, enfim, não fui além do volume três. Detalhe, Lucrecia Borgia nem tinha aparecido, ou mal tinha aparecido. Está em hiato sei lá desde quando, acho que nem a autora aguentou... Quer mangá sobre César Borgia, tem outros mais legais e com alma e coração. Outra mulher na seção é Mari Yamazaki, de novo, visitando Roma Antiga.
Outros comentários a fazer? O Zipang dessa seção é do mesmo autor do que apareceu na 25ª colocação, só que se passa na Era Heian. The Yagyu Ninja Scrolls trata de uma revolta ocorrida no século XVII, durante o Shogunato na província de Aizu. Segundo a Wikipedia, é uma continuação não oficial de Basilisk, o 13º colocado. Wolfsmund é um mangá que se passa durante as rebeliões suíças contra o governo dos Habsburgos, começando em meados do século XIII. É muito violento e sanguinário, mas muito bom. Outro dos favoritos do meu marido. Curiosamente, parecia um estranho no ninho dentro da revista Fellows/Harta, que publica a Kaoru Mori e o mangá da exploradora que comentei acima. Desta seção, somente Innocent, série sobre um dos mais famosos carrascos franceses, um especialista na arte de matar e com toques inegáveis de homoerotismo, sai no Brasil, dessa vez, pela Panini. (*CORREÇÃO: Vinland Saga, também. Meu marido li avidamente, depois tomou raiva do protagonista. O anime está para estrear.*)
Isabella Bird: exploradora, viajante, geógrafa, escritora... E o que mais? |
Akiko Higashimura mergulha na História do Japão, mas sem perder seu espírito subversivo. |
Cesare: Lucrezia demorou tanto para aparecer que eu cansei. |
3 pessoas comentaram:
"Desta seção, somente Innocent sai no Brasil, dessa vez, pela Panini."
Tem Vinland Saga também, também da Panini. Um dos melhores mangás que já publicaram no Brasil.
Adoro mangás com o tema e devo começar Anatolia essa semana, devido o tanto que você fala. Rs viagem no tempo é um dos meus temas preferidos seja em qual mídia.
Da lista, meu coração é de Rosa, claro, mas também adoro Gen, não sei decidir qual meu preferido. Já gostei mais de Kenshin, mas as releituras, e o caso recente do autor, assim como a insistência em spin-offs e a atual sequência desnecessária me desgastaram...
Valéria, Adolf saiu pela Conrad e não pela JBC!
Poxa! Tanto manga interessante e nada de sair no Brasil.
EU estou comprando Otoyomegatari, mas acho que deveria estar comprando é Emma. Mas infelizmente, quando começou a sair, eu já estava comprando um. E como o dólar anda proibitivo, eu meio que já desisti. Pelo menos tenho o Ooku para compensar.
Até tentei dar uma chance para Innocent, mas realmente não é do meu gosto.
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