Ontem, saíram os resultados dos Prêmios Eisner, que são atribuídos no San Diego Comic Cno, depois de ter sido indicada ao Hall da Fama dos Quadrinhos por três vezes (*2017, 2016, e 2014*), finalmente os norte americanos (*porque o prêmio é deles, vejam bem*) reconheceram que a criadora de Lum: Urusei Yatsura (うる星やつら), Ranma 1/2 (らんま½ ), Inuyasha (犬夜叉), Maison Ikoku (めぞん一刻) e tantas outras séries merecia estar entre os gigantes dos quadrinhos. Merecido? Claro que, sim! Foram seis os incluídos no Hall da Fama, dentre eles, quatro mulheres, contando com Takahashi:
Carol Kalish (1955–1991), falecida muito jovem, foi escritora e editora de quadrinhos, ocupou altos cargos na Marvel, e foi pioneira na criação das vendas do mercado direto, isto é, fora das Comic Shops, que eram e são muito pouco acolhedoras para novos leitores, meninas e mulheres. A maravilhosa Jackie Ormes (1911–1985), considerada a primeira quadrinista negra americana, uma artista que em tempos de forte discriminação racial (*nem vou falar da forma como as mulheres eram tratadas*), fez sucesso e se tornou um nome respeitado na indústria norte-americana de comics. Outra recebida no Hall da Fama foi Karen Berger, editora de quadrinhos da DC e grande responsável pela criação do selo Vertigo.
Um outro prêmio que merece destaque foi o de melhor adaptação de outra mídia, foi dado para Kindred, baseado no livro da romancista negra Octavia E. Butler (1947-2006) e feito por Damian Duffy e John Jennings (Abrams ComicArts). E não pensem que foram muitas mulheres premiadas, há outras que não comentei, aliás, simplesmente, estão deixando de ignorar as artistas e outra sprofissionais competentes ligadas ao mercado de quadrinhos.
E, claro, como eu esperava, Gengoroh Tagame levou o prêmio por melhor edição internacional de material asiático nos EUA com o vol. 1 de My Brother’s Husband (Otōto no Otto/弟の夫). Ora, já que tocamos nesse assunto, se não criassem uma premiação para separar os mangás, eles iam levar todos os anos o prêmio de material estrangeiro publicado nos EUA, não iriam? Pois é, como é separado, um brasileiro terminou ganhando na categoria geral. E está de parabéns.
0 pessoas comentaram:
Postar um comentário