sábado, 21 de julho de 2018

Rumiko Takahashi no Hall da Fama e outras premiadas no Eisner Awards


Ontem, saíram os resultados dos Prêmios Eisner, que são atribuídos no San Diego Comic Cno, depois de ter sido indicada ao Hall da Fama dos Quadrinhos por três vezes (*2017, 2016, e 2014*), finalmente os norte americanos (*porque o prêmio é deles, vejam bem*) reconheceram que a criadora de Lum: Urusei Yatsura (うる星やつら), Ranma 1/2 (らんま½ ), Inuyasha (犬夜叉), Maison Ikoku (めぞん一刻) e tantas outras  séries merecia estar entre os gigantes dos quadrinhos.  Merecido? Claro que, sim!  Foram seis os incluídos no Hall da Fama, dentre eles, quatro mulheres, contando com Takahashi:


Carol Kalish (1955–1991), falecida muito jovem, foi escritora e editora de quadrinhos, ocupou altos cargos na Marvel, e foi pioneira na criação das vendas do mercado direto, isto é, fora das Comic Shops, que eram e são muito pouco acolhedoras para novos leitores, meninas e mulheres.  A maravilhosa Jackie Ormes (1911–1985), considerada a primeira quadrinista negra americana, uma artista que em tempos de forte discriminação racial (*nem vou falar da forma como as mulheres eram tratadas*), fez sucesso e se tornou um nome respeitado na indústria norte-americana de comics.  Outra recebida no Hall da Fama foi Karen Berger, editora de quadrinhos da DC e grande responsável pela criação do selo Vertigo.


Um outro prêmio que merece destaque foi o de melhor adaptação de outra mídia, foi dado para Kindred, baseado no livro da romancista negra Octavia E. Butler (1947-2006) e feito por  Damian Duffy e John Jennings (Abrams ComicArts).  E não pensem que foram muitas mulheres premiadas, há outras que não comentei, aliás, simplesmente, estão deixando de ignorar as artistas e outra sprofissionais competentes ligadas ao mercado de quadrinhos.


 E, claro, como eu esperava, Gengoroh Tagame levou o prêmio por melhor edição internacional de material asiático nos EUA com o vol. 1 de My Brother’s Husband (Otōto no Otto/弟の夫).  Ora, já que tocamos nesse assunto, se não criassem uma premiação para separar os mangás, eles iam levar todos os anos o prêmio de material estrangeiro publicado nos EUA, não iriam?  Pois é, como é separado, um brasileiro terminou ganhando na categoria geral.  E está de parabéns. 

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