Ontem, nasceu mais um neto da rainha da Inglaterra. #royalbaby esteve nos trending topics do Twitter quase o dia todo. Não se sabia o sexo do bebê do Príncipe William e de Kate Middleton e, pelo menos na Grã-Bretanha, havia grande expectativa a respeito. Se fosse um menino, pela primeira vez na História do país, ele não tomaria o lugar de sua irmã da sucessão ao trono. A mudança ocorreu graças ao The Succession to the Crown Act 2013 (c. 20) que substituiu a primogenitura-masculina pela primogenitura absoluta. Quem estava na fila antes ficaria, mas, daí para frente, valeria a nova lei.
não é o primeiro país a fazer tal mudança. Todos os países nórdicos, além de Holanda e Bélgica, modificaram sua legislação para dar igualdade às mulheres em relação aos homens. Lendo o artigo da Wikipedia sobre o assunto, acabei descobrindo que esse Ato da Coroa foi apelidado de Downton Act por causa da série da ITV que mostrava a injustiça da exclusão das mulheres da sucessão de um título de nobreza. Enfim, você pode achar uma bobagem, mas pense que gerações de mulheres foram excluídas da linha de sucessão (*Lai Sálica*), ou perderam seu lugar na fila simplesmente por serem isso, mulheres. E há os casos nos quais, mesmo com a inexistência de herdeiros homens, as mulheres tiveram seus direitos contestados por outros homens, tios, primos e por aí vai. Caso de Matilda (1102-1167), filha de Henrique I, Rei da Inglaterra. Claro que ela não engoliu o desaforo e foi à guerra por seu direito, mas não sentou no trono, simplesmente, o garantiu para seu filho.
Matilda, Imperatriz do Sacro Império Romano Germânico, mais tarde, Condessa de Anjou, mas, não, rainha da Inglaterra. |
Ainda se discutiu uma mudança na lei de sucessão para que a princesa Aiko pudesse herdar o trono, mas o nascimento de um primo, acabou com qualquer pretensão de mudança. |
Shino tem professores especiais, é excelente aluna na escola, frequenta o dojo. Só que, um dia, nasce um irmão e o pai quer apagar qualquer vestígio na moça de que, um dia, ela foi o "filho perfeito". Ele quer que ela saia da escola, ele quer que ela deixe de praticar artes marciais e anuncia que vai lhe arranjar um marido. Ela se revolta e foge de casa. Se esconde em um navio e termina na América... Obviamente, ela tem um interesse amoroso, um americano que a ama, também, só que ambos acabam descobrindo que casamentos mistos não são lá muito bem vistos nos EUA, esse país que parece tão moderno...
Scanlations? Não, infelizmente. De qualquer forma, era somente para ilustrar o quanto essa questão de perder a vez par a um irmão, ou primo, vide o caso da princesa japonesa Aiko, é somente mais uma das formas do patriarcado de "colocar as mulheres no seu lugar", isto é, de seres menos importantes, menos desejados e devem ficar nas sombras.
7 pessoas comentaram:
Não há scanlations, más aqui na Itália saiu já alguns anos atrás... É um bom mangá, mas não entre os meus favoritos
Conheço a edição italiana. Foi em sites italianos, muitos anos atrás, que li a primeira vez sobre ele. :)
Na Espanha também, não é?
Na Espanha, não sei, mas o rei teve duas meninas e não há impedimento para que mulheres herdem o trono por lá. nunca houve.
O rei anterior da Espanha teve 2 filhas mais velhas e o filho homem mesmo sendo caçula teve prioridade no trono, mas esse rei atual, mesmo que tivesse mais um filho sendo homem, acredito que não tomaria o lugar das irmãs.
Pois é, não soube, mas também não procurei, informação sobre mudança na legislação de sucessão ao trono espanhol. E, bem, seguindo como está, teremos uma rainha em seu nome na Espanha em alguns anos.
Na Espanha, prevalece a primogenitura masculina. A lei por lá não mudou.
Postar um comentário