Ela veste preto. Era cor da moda, mas século XVI-XVII, não é mais Idade Média. |
Sigo no Facebook uma página chamada History of Royal Women. Basicamente é um fatos e fotos e fofocas relacionado à nobreza de tempos passados. Não se restringe à Europa. Há artigos sobre catedrais, castelos, mosteiros relacionados de alguma forma à mulheres da nobreza. Recomendações de livros, alguns muito bons até. Enfim, um povo que faz um trabalho sério dentro daquilo que é o objetivo do site. Daí, tropeço em um artigo sobre uma nobre portuguesa, Catarina de Guimarães, Duquesa de Bragança (1540-1614), avó do primeiro rei da casa de Bragança, e lá no texto dizia "daughter of Edward, duke of...". Opa! Edward?! Nunca vi este nome em nenhuma genealogia portuguesa...
Enfim, daí, caiu a ficha, Edward virou Duarte em português, assim como Briton, virou Brito. Só que Duarte, durante muito tempo, foi nome próprio. Eduardo entrou na língua portuguesa pelo espanhol, da mesma forma que Tiago, enquanto Jaime é a versão em nossa língua de James. E eu, eu que gosto de ler sobre essas bobagens, nunca tinha me apercebido disso.
Apesar da moda na ficção de colocar todo mundo de preto e cinza, os reis medievais DE VERDADE gostavam de cor. E quem os desenhava, mesmo depois de muito tempo, também. |
Como Edward entrou na língua portuguesa? Apesar das relações entre Portugal e Inglaterra desde, pelo menos, o século XIII (*teria que checar e a conexão não permite*), provavelmente, foi em virtude do casamento de Philippa de Lancaster, neta de Eduardo (Edward) III da Inglaterra, com o rei de Portugal, Joaõ I. O casamento gerou vários filhos, conhecidos como "A Geração Ilustre" e o filho deles foi o rei Duarte I (1391-1438). Fim do post aleatório. É provável que seja o único de hoje.
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