"É assim que se vê do exterior." "Eu estou ali!" "É isso que acontece no interior." |
Os japoneses têm uma palavra para designar os homens que assediam e abusam de mulheres nos trens e metrôs: chikan. A questão é tão séria que a pratica dos vagões femininos é comum. O Sora News comenta que existe inclusive uma espécie de adesivo à prova d’água que as mulheres podem pregar no abusador e marcá-lo. Mangas shoujo como Confidential Confessions (Mandaiteiki Sakuhinshu/問題提起作品集) e Ore Monogatari!! (俺物語!!) tratam a questão do assédio às mulheres como algo sério, mas há toda uma série de materiais, e não falo somente de hentai (*pornografia*), que tratam a prática com muita complacência.
O livro. |
Enfim, o SN trouxe uma matéria falando de um livro lançado na França por uma japonesa, Kumi Sasaki, que lá reside. No livro, que tem ilustrações ao estilo mangá jornalístico, ela conta o seu sofrimento entre os 12 e os 18 anos e como os abusos eram quase diários. Segundo a autora, os agressores eram desde adolescentes até homens na casa dos setenta e que houve uma vez em que um homem casado chegou a segui-la nas ruas, o que a deixou aterrorizada.
A autora. |
Ela conta no livro como entrou em choque quando foi apalpada pela primeira vez. De como teve depressão e tentou mesmo o suicídio. O objetivo do material é denunciar a forma como a sociedade japonesa é negligente em relação a este tipo de abuso, tratando como coisa menor, culpando as vítimas, ou mesmo romantizando os agressores. Segundo o SN, a autora agradece a uma amiga ou amigo, que a salvou do abismo. Sasaki, hoje, tem quase 40 anos e ainda fica petrificada quando tem que andar de trem ou metrô com homens.
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