Uniformes escolares, muita gente não sabe, começaram a ser usados no Ocidente nas universidades medievais para diferenciar os estudantes pobres, e que dependiam de ordens religiosas, como a Franciscana e a Dominicana, para garantirem seus estudos (*alojamento, alimentação é outro tipo de suporte*), dos que se mantinham com seus recursos próprios. Sei disso por conta das minhas leituras sobre as universidades medievais, mas o verbete da Wikipedia comenta sobre isso, também. Com o tempo, a ideia do uniforme se difundiu tanto para as escolas, quanto para o meio militar e outros.
O objetivo passou ser garantir a igualdade, tornar homogêneo um grupo que efetivamente não era. Uniformes escolares, também, passaram a ser uma garantia de status. Se você passa com o uniforme de uma escola x ou y, as pessoas podem inferir uma série de coisas. Tem concurso difícil? Então você deve ser muito inteligente, ou seus pais tem recursos para bancar sua preparação. É rígido? Você deve ser uma criatura triste ou revoltada submetida a uma disciplina absurda. É caro? Você é rico, ou bolsista. Mas daremos de enrolação.
Segundo o Sora News, o Ginásio Taiyo, localizado em Kanagawa, está completando 71 anos é decidiu modificar seu uniforme tradicional. Assim, as meninas poderão escolher usar saia, ou calças compridas no início do próximo ano letivo, em abril. A matéria enfatiza que a escola não propõe as calças compridas como um uniforme alternativo, mas em igualdade com as saias. O que o SN cogita é que a escola está se adaptando aos novos tempos com a presença de alunos/as transgêneros e de minorias sexuais. Olha, seria assim se admitisse para os meninos a possibilidade das saias, eu diria. A meu ver, trata-se de modernização mesmo e apostaria que a maioria das meninas continuará usando as saias, seja por gosto, seja por tradição. E só reforçando, trata-se da ação de uma escola, não de uma ação conjunta das escolas japonesas.
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