sábado, 16 de dezembro de 2017

Saiu o trailer de Little Women

The sisters.
Em maio, comentei que uma nova versão de Little Women, baseado no clássico de Louisa May Alcott (1832–1888), estava em preparação.  Em julho, o elenco, ou boa parte dele, havia sido escalado e que o papel de Jo March seria interpretado por Maya Hawke, filha de Uma Thurman e Ethan Hawke.  Confesso que o trailer não me fez ter nenhum clique.  ele está aí embaixo:


Little Women, publicado em 1868, conta a história das quatro irmãs March, Meg, Jo (*a protagonista e alter-ego da autora*), Beth e Amy, durante os duros anos da Guerra Civil Americana.  A família, outrora rica, ficou pobre devido ao idealismo do pai.[1]  A rica e velha Tia March nunca se cansa de lembrar da falta de juízo do sobrinho e humilhar os parentes.  O chefe da família foi lutar na Guerra de Secessão e as mulheres da casa, as filhas e a mãe, se esforçam para serem felizes em uma situação econômica precária.  Com a chegada do neto do vizinho rico, Laurie, a vida das meninas muda para melhor graças á amizade que o rapaz faz com Jo, que lamenta não ter nascido homem.  A convivência com as meninas, especialmente a frágil Beth, alegra a vida do velho.  O primeiro livro é basicamente juvenil, uma história de crescimento (*coming of age, em inglês, Bildungsroman, em alemão*), a continuação, chamada de Good Wives (1869), fala de amadurecimento, casamento, mortes, enfim, a que vida continua.  

Jo e Laurie (Jonah Hauer-King).
Serão três episódios e toda a história será coberta, segundo o site Willow and Thatch.  Eu torço para que consigam fazer isso de forma razoável e que meu querido capítulo "Under the Umbrella" receba um tratamento decente pela primeira vez.  Vi que um tal Mark Stanley, que tem um currículo exíguo, será o  Professor Bhaer.  Espero não me decepcionar com esse troço...  Estréia britânica é em 26, 27 e 28 de dezembro. Vou ter que arrumar um jeito de baixar e assistir no Rio.  Pensei uma coisa, agora, será que já foi feita alguma novela inspirada em Little Women no Brasil?  Espero que alguém pense nisso... 


A versão de 1949, a primeira que eu assisti,
depois do episódio de Super Aventuras, o anime.
Revendo o final das versões de 1933 e de 1949 (*acabei de fazer isso*), só uma coisa a dizer, a mais recente das duas bebeu menos no livro e mais diretamente na versão anterior.  O texto é o mesmo, um exemplo é o diálogo final entre o Prof. Bhaer e Jo.  "I have nothing to give but my heart so full and these empty hands." "They're not empty now" ("Eu não tenho nada a oferecer a não ser este coração tão cheio e estas mãos vazias." "Não estão vazias agora".).  E, no livro, Jo coloca suas mãos nas dele, está nos filmes, e o beija, porque nunca conseguiu agir como uma dama mesmo, isso só está no livro, não nos filmes, vejam só, um livro de 1869... Foi o que sobrou de um capítulo inteiro, fora a invenção de que Jo teria publicado um livro e ele teria vindo trazê-lo.  A de 1994, seguiu um percurso diferente, mantendo a história de que o Professor veio trazer o livro, mas mexeu na personalidade de Bhaer, então, fico com as duas mais antigas.  Queria muito maior fidelidade, mas... 



[1] O livro, que é semi-autobiográfico, não esclarece, mas o pai da autora faliu por ter aberto uma escola que aceitava crianças negras e brancas, foi boicotado, difamado e terminou se endividando.

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