Foi anunciado um dorama do mangá Otouto no Otto (弟の夫) de Gengoroh Tagame. A série será exibida pela BS Premium, a partir de 4 de março, 22h. Enfim, talvez você não conheça Gengoroh Tagame, mas ele é um dos grandes nomes do mangá Bara (*guestpost do Diego sobre isso aqui*). Ah, o que é isso? São mangás voltados para o público gay masculino no Japão, não raro com forte conteúdo sexual. Não, não é BL/Yaoi, isso é, por assim dizer, “coisa de menina”, ainda que meninos possam curtir. Com Otouto no Otto, Tagame abriu mão do conteúdo sexual mais exacerbado e construiu um mangá slice of life que continua trabalhando com as temáticas que seu público considera importantes, isto é, os relacionamentos homoafetivos. A série foi publicada em uma revista seinen, a Monthly Action, a mesma que acolheu Orange quando a série saiu da Betsuma.
A história do mangá começa com a chegada de Mike, um canadense que é o viúvo de Ryouji. Ele vem para o Japão prestar condolências à família de seu companheiro. O único membro sobrevivente da família é Yaichi, o irmão gêmeo de Ryouji, que cuida da filha criança, Kana. O cunhado acaba ficando e, assim, tanto Mike aprende sobre o Japão, como a própria vizinhança acaba repensando o sentido da palavra família. O elenco da série já foi escalada. Mike será interpretado pelo ex-lutador de sumô Baruto Kaito (*ou Kaido Höövelson, ele nasceu na estonia*). Ryuta Sato será Yaichi. Maharu Nemoto será a menininha Kana. Os diretores serão Teruyuki Yoshida e Yukihiro Toda, o último também é responsável pelo roteiro. As informações vieram do Comic Natalie, do ANN e do Manga Mag.
Otouto no Otto é um mangá muito elogiado, começou a ser publicado em novembro de 2014 e terminou em maio deste ano. Ao todo são 4 volumes e a série foi publicada nos EUA em um formato grande de dois volumes, saiu na França, também, claro. A série foi indicada ao prêmio de melhor quadrinho no 44º festival de Angoulême. No Japão, o mangá ganhou o prêmio de excelência no 19º Japan Media Arts Festival, em 2015 e foi listado entre os 20 melhores livros pela Amazon (*EUA? Japão?*) em 2017. Enfim, uma série assim é importante em um momento no qual o Japão passa pela intensa discussão (*e pressão*) para que o casamento entre pessoas do mesmo sexo seja reconhecido nacionalmente.
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