O mangá que quero destacar é Lover's Kiss, baseado no livro de Margaret Moore, e que recebeu um tratamento de primeira grandeza graças graças ao traço de Yoko Iwasaki, mangá-ka que costuma pulicar na revista Princess Gold. Lançado no Japão, em 2014, com o nome de Ano Kiss no Kioku (あのキスの記憶), o mangá conta a história de Juliette, uma costureira francesa que reside em um dos bairros mais pobres da Londres do início do século XIX (*época na qual ambientam as produções baseadas nos romances de Jane Austen*). Ela vê um homem aparentemente sendo atacado por ladrões e vai em seu socorro. Usa como armas algumas batatas que atira como se fossem pedras. Os rufiões fogem e o homem atacado fala com ela em francês, a beija e desfalece.
No outro dia, ao acordar, o sujeito a trata muito mal e nem se recorda do beijo que lhe deu. Sir Douglas Drury é um baronete e um dos advogados (*barrister*) mais temidos e respeitados de Londres. Ele passa um endereço para Juliette e diz para que ela vá em busca de um amigo. No caminho, Juliette é atacada, mas escapa e cumpre sua missão. O amigo de Drury decide abrigar os dois em sua casa, enquanto investigam os dois incidentes. Juliette assume uma falsa identidade e termina por fingir diante da alta sociedade que é prima e noiva francesa de Drury. A relação dos dois não é simples, pois Sir Douglas foi traído, preso e torturado (*suas mãos são deformadas*) durante as Guerras Napoleônicas e sente repulsa por tudo o que vem da França, mas não consegue resistir à Juliette. Já ela mal sabe que há algo muito maior do que sua nacionalidade, ou mesmo o fato de não ser nobre, que pode impedir qualquer futuro com Sir Douglas.
Iwasaki desenha muito bem as personagens, anatomia, expressões faciais, cabelos, enfim, todos são lindos. Seu protagonista tem uma aparência viril e sedutora, um sujeito muito bonito mesmo e é moreno, claro. Ela também se sai bem desenhando cenários e roupas. Nas cenas de luta e correria, ela não se mostra intimidada e o mangá consegue transmitir muito bem as cenas de ação. Aliás, Iwasaki tem mangás históricos e de artes marciais no currículo e não esquece do que sabe somente por estar desenhando um mangá Harlequin. Há cenas românticas, obviamentd, é uma de sexo, e são bem executadas.
Falando da história, ela é curta, o livro, e eu não sei seu título no Brasil, é pequenininho, e direta. As personagens se conhecem, se estranham, se ajudam, passam a se respeitar, se apaixonam, mas há um grande impedimento. Vale a leitura. Acho muito positivo que os mangás Harlequin estejam cada vez mais disponíveis em língua inglesa e em formato Kindle. Yoko Iwasaki tem vários outros Harlequin disponíveis, infelizmente, pelo menos para mim, parece que todos são tramas contemporâneas de magnatas gregos e coisas do gênero. Não tenho muita paciência para essas coisas, não. Machistas de época, ainda tolero, em histórias atuais, não dá. Agora, o que mais me aborreceu olhando Lover's Kiss é que com uma Yoko Iwasaki tenham entregue a Série De Burgh para a inepta da Nanao Hidaka. Iwasaki desenharia meus De Burgh dos sonhos.
No outro dia, ao acordar, o sujeito a trata muito mal e nem se recorda do beijo que lhe deu. Sir Douglas Drury é um baronete e um dos advogados (*barrister*) mais temidos e respeitados de Londres. Ele passa um endereço para Juliette e diz para que ela vá em busca de um amigo. No caminho, Juliette é atacada, mas escapa e cumpre sua missão. O amigo de Drury decide abrigar os dois em sua casa, enquanto investigam os dois incidentes. Juliette assume uma falsa identidade e termina por fingir diante da alta sociedade que é prima e noiva francesa de Drury. A relação dos dois não é simples, pois Sir Douglas foi traído, preso e torturado (*suas mãos são deformadas*) durante as Guerras Napoleônicas e sente repulsa por tudo o que vem da França, mas não consegue resistir à Juliette. Já ela mal sabe que há algo muito maior do que sua nacionalidade, ou mesmo o fato de não ser nobre, que pode impedir qualquer futuro com Sir Douglas.
Iwasaki desenha muito bem as personagens, anatomia, expressões faciais, cabelos, enfim, todos são lindos. Seu protagonista tem uma aparência viril e sedutora, um sujeito muito bonito mesmo e é moreno, claro. Ela também se sai bem desenhando cenários e roupas. Nas cenas de luta e correria, ela não se mostra intimidada e o mangá consegue transmitir muito bem as cenas de ação. Aliás, Iwasaki tem mangás históricos e de artes marciais no currículo e não esquece do que sabe somente por estar desenhando um mangá Harlequin. Há cenas românticas, obviamentd, é uma de sexo, e são bem executadas.
Falando da história, ela é curta, o livro, e eu não sei seu título no Brasil, é pequenininho, e direta. As personagens se conhecem, se estranham, se ajudam, passam a se respeitar, se apaixonam, mas há um grande impedimento. Vale a leitura. Acho muito positivo que os mangás Harlequin estejam cada vez mais disponíveis em língua inglesa e em formato Kindle. Yoko Iwasaki tem vários outros Harlequin disponíveis, infelizmente, pelo menos para mim, parece que todos são tramas contemporâneas de magnatas gregos e coisas do gênero. Não tenho muita paciência para essas coisas, não. Machistas de época, ainda tolero, em histórias atuais, não dá. Agora, o que mais me aborreceu olhando Lover's Kiss é que com uma Yoko Iwasaki tenham entregue a Série De Burgh para a inepta da Nanao Hidaka. Iwasaki desenharia meus De Burgh dos sonhos.
1 pessoas comentaram:
Também notei esse boom de mangas harlequin traduzidos para o inglês e acessíveis via amazon ou outro sites como chapters and baloons. Estou gostando bastante disso e espero que continue. Só acho que algumas desenhistas tipo a Chieko Hara poderiam variar um pouco mais no modelo das personagens, você vê as capas dos mangas da autora e quase pensa que é uma série longuissima, mas na verdade são todos volumes únicos de diferentes livros que ela adaptou. Quase sempre no padrão moça com longos cabelos loiros esvoaçantes e mocinho de cabelo escuro. Teve até uma adaptação que ela fez de um livro que gosto muito The Blue Castle da L.M.Montgomery (autora de Anne of Green Gables), onde a mocinha do livro é descrita como normal, sem atrativos, até mesmo feia, cabelos pretos e a desenhista foi lá e colocou a garota com longos cabelos castanhos claros quase loira e super bonita de rosto. Até entendo que nos próprios livros harlequin as personagens tenham um modelo já estabelecido e exaustivamente usado, mas bem que poderiam manter um mocinha com aparência mais normal.
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