sábado, 11 de fevereiro de 2017
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1:11 AM
No momento, só assisto uma novela, A Terra Prometida, que não é grandes coisas, como já comentei, só que fico de olho nos informes sobre as produções que estão no ar e as que estão por vir. Sabia que Novo Mundo, nova trama das seis da Globo, irá se passar durante a passagem do Brasil Colônia para o Primeiro Império. OK. Esta semana soube que o povo que fez Liberdade, Liberdade está envolvido e que haverá D. Pedro, D. Leopoldina, a Marquesa de Santos e todas essas figurinhas carimbadas na historinha. Já até avisaram que a novela não será como aquelas aulas de História que você teve no segundo grau... Pela atualização da nomenclatura, segundo grau já era ensino médio quando eu estava na faculdade, o povo não deve ter descoberto ainda que antes da Rainha Vitória não era comum que noivas se vestissem de branco. Enfim, a novela é de dois autores estreantes, Alessandro Marson e Thereza Falcão, que colaboraram com tramas anteriores da emissora. Renovação, portanto.
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Caio Castro será D. Pedro e eu torço para que ele apareça pouco em tela. |
Só que a protagonista da trama, que começa em 1817, não será nenhuma personagem histórica, mas a fictícia professora de português da Princesa Leopoldina, uma tal Anna Millmann (Isabelle Drummond), que será disputada pelo bonitinho Joaquim (Chay Suede) e o vilão britânico Thomas Johnson (Gabriel Braga Nunes). Me pergunto por qual motivo cismaram que o Gabriel Braga Nunes precisa fazer malvados ou psicopatas recentemente, ele deve estar se revezando com o Carmo Dalla Vecchia, pelo jeito. É um desperdício, principalmente, porque os vilões tendem a ser muito mal construídos, especialmente, nas novelas das seis das últimas décadas, cheias de recalques com a classificação indicativa. Só um Mateus Solano para salvar um vilão mal estruturado em uma novela ruim. E não estou falando de Liberdade, Liberdade, apesar do final do Rubião, mas de Amor à Vida (Sabiam que Feliko fez três anos????*). Enfim, podiam ter escalado o vilão de Além do Tempo, Emílio Dantas, para variar um pouco. E, salvo se o fator diferença de idade tiver papel na trama.
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Exemplo da última moda de 1817. |
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Não estou dizendo que a novela não será divertida, é possível que seja, mas quando bati o olho na mocinha, tive vontade de gritar. Que roupa e cabelo são esses?! Moda Império/Regência com esse cabelo solto lambido e esse adereço de cabeça? E as pseudo-peles? Será que é encosto da novela Escrava Mãe e seu figurino pavoroso?
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O look completo da mocinha. Aterrador. |
Um figurino não precisa ser fiel de todo, é ficção, é preciso haver espaço criativo, mas a novela não se apresenta como um Cordel Encantado, que tinha toda liberdade para criar e abusar, ou mesmo um Que Rei Sou Eu. Parece que será uma novela que se leva à sério, por assim dizer. Medo! E há tantas referências visuais de 1817! Joguei "fashion plates" e a data e cheguei a esta página aqui. Poderiam assistir umas séries britânicas baseadas em Jane Austen, também, porque sempre colocam as personagens usando a moda Regência.
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E a mocinha é guerreira. Esse vestido aí está mais interessante. |
Enfim, cabelo, para mim, é coisa séria, é algo que pode me afastar de uma série, ou novela, me faz ter má vontade logo de cara. Esse aí nem tenta enganar, pegaram a garota do século XXI e enfiaram em um pseudo-figurino de época. Mas eu consegui assistir a versão de Mansfield Park de 2007, apesar da Billie Piper com seu cabelo solto e descolorido... Enfim, mas comecei a ter má vontade com essa novela. A Globo sabe fazer melhor. Quando estrear, dou uma olhada.
4 pessoas comentaram:
Nossa, como eu odeio isso! Passei exatamente pela mesma sensação quando assisti uma série chamada Reign (tem disponível no Netflix). A série é centrada (ou era pra ser centrada) na vida de Mary Stuart na corte francesa. A caracterização é de fazer sangrar os olhos. Mary Stuart aparece o tempo todo com com um cabelo escorrido totalmente solto (sendo que não existe UMA ÚNICA FOTO sequer de Mary com cabelo solto), o rei Henrique II aparece com cabelo raspado, Nostradamus é apresentado como um jovem bonitão (!!!) e vários outros absurdos! Os vestidos então...nem se fala! A coisa é tão anacrônica que a série parece se passar num universo paralelo. Sem contar que ainda inventaram um triângulo amoroso entre Mary, Francis e um irmão bastardo fictício. Resultado: só assisti dois episódios.
Pra ter uma noção do nível absurdo de licença poética do figurino, esse link apresenta alguns dos "melhores" looks de Reign:
http://spoilers.tv.br/index.php/os-looks-mais-escandalosos-de-reign/
Parece que a globo quer ir na onda daquela minissérie da Mary Stuart que tem toda uma liberdade criativa nas roupas Reign
Exatamente. Eu assisti Reign completa, mais adiante o cabelo dela aparece preso ou semi-preso às vezes. E esse triângulo amoroso torna-se um pentágono amoroso (ou sei lá que figura geométrica, mas foram muitos). Complicado mesmo digerir a trama. A série foi produzida para o público adolescente, se não me engano. Quando vi as primeiras propagandas dessa novela da Globo liguei imediatamente a caracterização da personagem Ana à Mary Stuart de Reign.
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