Esta notícia também estava no IPC Digital, mas fui em busca de fonts melhores e cheguei no The Independent. Enfim, o Conselho de Educação do Município de Uruma (Okinawa), anunciou no dia 26 de setembro que moedas romanas foram encontradas nas escavações do Castelo Katsuren, em Okinawa. O castelo era uma espécie de entreposto comercial com o resto da Ásia.
As moedas romanas antigas estavam em uma área onde se encontraram moedas do Império Turco Otomano do século XVII e moedas e artefatos chineses. Para as moedas turcas não havia muito problema, pelo tom das matérias que vi, elas vieram, provavelmente, pelo comércio que, apesar de controlado pelo Shogunato, continuava existindo. Mas e as moedas romanas?
Muito erodidas, elas foram submetidas à exames com Raio X e se descobriu que traziam a efígie de Constantino (272-337), o grande, ou seja, datavam do século IV ou V, se muito. Como elas chegaram ao Japão? De qualquer forma, eram as primeiras moedas do Império Romano encontradas em solo japonês.
Segundo o The Independent, se os laços comerciais do castelo Katsuren com a Ásia eram bem conhecidos, o mesmo não pdoe se dizer com a Europa. No entanto, não se deve pensar em comércio direto entre Japão em Roma, mas em possibilidades maiores de redes de comércio que possibilitaram a chegada das moedas até o Japão.
É assim que eu penso a questão, também, ainda que não seja especialista no assunto. Desde a Idade do Bronze tardia, o comércio internacional era mais intenso do que muita gente imagina. Roma e China comerciaram, a Rota da Seda era muito dinâmica. Da mesma forma, os cristãos nestorianos, fugindo da perseguição no Império Bizantino, levaram esta religião até a China (*1-2*), alguns até defendem que possam ter chegado ao Japão. De qualquer forma, é muito bom ver essas descobertas divulgadas, pois a gente começa a pensar a “história do possível” e deixa de ficar repetindo jargões que se tornaram verdade com evidências materiais mínimas, ou questionáveis.
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