Duas atletas desta Olimpíada valem mais do que ouro. As duas são nadadoras e muito jovens, ambas venceram as suas respectivas baterias e avançaram às semifinais. Elas não vão ganhar medalhas, nem precisam, porque sua força de vontade e dedicação falam mais do que qualquer medalha.
Yusra Mardini tem 18 anos e cerca de um ano atrás, a jovem, que é uma refugiada síria, puxou junto com a irmã e outro nadadores um bote para salvar a vida de outros migrantes. "Sem nadar eu não estaria viva agora", disse ela. Em outra entrevista a menina afirmou que não poderia ficar sentada, reclamando, enquanto o bote afundava. Ela sabia nadar e tinha que fazer alguma coisa. Fez. Três horas nadando em mar aberto. Nade como uma garota!
Que rostinho mais fofo ela tem. |
A outra menina de ouro é, de fato, uma garotinha. Tem 13 anos, é a atleta mais jovem da Olimpíada. Gaurika Singh sobreviveu a um terremoto que devastou seu país, o Nepal. Se comunica com seu treinador por mensagens de texto e nadou com o maiô rasgado. "Eu estava tentando vestir a roupa, e a minha unha atravessou o tecido. Então eu mandei uma mensagem para ele e perguntei o que deveria fazer. Ele me passa instruções por texto o tempo todo”. Foi lá e ganhou a sua seletiva.
A caçulinha dos jogos. |
Ora, sem querer dar uma de meritocrática, porque ninguém deveria ter que passar por situações como a de Yusra Mardini, mas falta a determinados atletas um pouco de força de vontade, de garra e vontade de fazer valer o espaço que estão ocupando. E começo citando os rapazes da seleção masculina de futebol. Acabaram de empatar com o Iraque, esnobaram repórteres e a torcida. Um garotinho entrevistado estava mostrando a camisa que recebeu do goleiro iraquiano, porque, bem, os jogadores do Brasil nem olharam para ele e os adversários foram amáveis e gentis.
0 pessoas comentaram:
Postar um comentário