Volta e meia o Rocket News 24 publica matérias sobre os vídeos do canal That Japanese Man Yuta, pertencente a um japonês que entrevista seus conterrâneos na rua. Ele apresenta os vídeos em inglês, sem legendas, o que pode ser um problema para muita gente, e as entrevistas são legendadas também em língua inglesa, quando estão em japonês. O tema é sempre interessante e, desta vez, a pergunta era sobre a baixa natalidade e qual seria a saída.
Primeiro, alguns entrevistados não tinham noção de quão baixa era a natalidade do país, estavam alheios a tudo quando, segundo os dados mais recentes, só Singapura tem taxas mais baixas que a do Japão. Depois do susto que alguns tomaram, começaram a tentar levantar os motivos para a baixa natalidade e o que mais apareceu foi o custo. Ter filhos no Japão, educá-los bem, proporciona-lhes as melhores condições , é caro, muito caro.
Em seguida, vieram outros motivos. Uma mulher, que parecia estar com o marido ou namorado, cita a falta de afetividade dos japoneses. Beijar em público seria ainda motivo de escândalo. Sim, pode ser um problema, mas há culturas em que o beijo é preliminar de ato sexual (*caso do Japão, aliás*) e, bem, não beijar em público não conduziu várias sociedades a uma crise demográfica. Os dois moços mais alienados, citam que muitos homens não estão interessados em mulheres, preferem hobbies, e que muitas mulheres não querem se casar.
Daí, passamos para as duas colegas de trabalho, pensei no início que eram mãe e filha, mas me enganei. A mais velha cita o custo de ter um filho, mas expõe as questões de gênero: mulheres são empurradas para o lar quando se casam; ter filhos é caro, mas o que parece ser o esperado é que elas abram mão da renda e da carreira quando mais precisam dela. É injusto e bem evidente, mas nenhum dos homens pensou nisso.
Os rapazes bobinhos comentaram que muitas mulheres não querem se casar, mas não se perguntaram o motivo. Já a moça mais jovem disse querer ter filhos, mas acrescentou que quer continuar bonita. Sabe aquela história de que gravidez estraga o corpo? Pois é, não é coisa só daqui. As duas colegas de trabalho começaram a debater qual seria o salário ideal de um marido, especialmente, quando se espera que a mulher pare de trabalhar. Pelo que entendi, elas estavam sonhando alto.
O homem e a mulher que pareciam um casal falaram de imigração. Para o homem, os imigrantes poderiam compensar a baixa natalidade. Ele chegou ao ponto de dizer que japoneses não precisam ser brasileiros. Aí, a mulher se espanta e afirma que estrangeiros têm má fama. Sabe, racismo? Xenofobia? Esse é o ponto.
Os rapazes bobinhos comentaram que muitas mulheres não querem se casar, mas não se perguntaram o motivo. Já a moça mais jovem disse querer ter filhos, mas acrescentou que quer continuar bonita. Sabe aquela história de que gravidez estraga o corpo? Pois é, não é coisa só daqui. As duas colegas de trabalho começaram a debater qual seria o salário ideal de um marido, especialmente, quando se espera que a mulher pare de trabalhar. Pelo que entendi, elas estavam sonhando alto.
O homem e a mulher que pareciam um casal falaram de imigração. Para o homem, os imigrantes poderiam compensar a baixa natalidade. Ele chegou ao ponto de dizer que japoneses não precisam ser brasileiros. Aí, a mulher se espanta e afirma que estrangeiros têm má fama. Sabe, racismo? Xenofobia? Esse é o ponto.
Daí, todos citam a necessidade do incentivo governamental para que os japoneses procriem. Compensações econômicas seriam bem vindas e o próprio RN24 já falou sobre o quanto isso está funcionando em uma determinada província do Japão. A mulher mais velha tocou mais uma vez no apoio às mulheres, algo óbvio, mas duvido que os entrevistados homens saibam qual o lugar do Japão no ranking de igualdade de gênero.
Enfim, é um vídeo interessante e a discussão é mais do que urgente no Japão. A natalidade vem subindo nos últimos anos, mas é algo tão tímido e a natalidade tão baixa que o impacto é quase zero.
Enfim, é um vídeo interessante e a discussão é mais do que urgente no Japão. A natalidade vem subindo nos últimos anos, mas é algo tão tímido e a natalidade tão baixa que o impacto é quase zero.
2 pessoas comentaram:
Que blog interessante, gostei dele e parece ter informações confiaveis afinal você entrevista japoneses nativos, vou acompanhar para buscar conhecimentos futuros.
Eu não entrevisto, eu usei um site japonês como fonte.
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