Mansplaining é uma palavra em inglês que tem como objetivo sintetizar uma atitude que é tipicamente masculina, tentar impôr a sua opinião usurpando o lugar de fala de uma mulher. Quando escrevo tipicamente masculina não estou dizendo que é natural, mas que em uma sociedade patriarcal as palavras dos homens têm mais valor que a das mulheres, assim, muitos homens não suportam ver uma mulher recebendo atenção por seu conhecimento ou trabalho de pesquisa e se dão ao direito de interromper e tentar mesmo demonstrar que sabem mais ou que o que ela está dizendo é absolutamente errado.
A imagem do Gaston no post não é sem motivo. Uma das cenas chave da Bela e a Fera da Disney é quando Gaston propõe casamento para a protagonista e se põe a descrever como ela se sente, o que ela deseja na vida, e como seu futuro será feliz ao lado dele. Os homens são autoridades, mesmo quando o assunto são os sonhos e desejos de uma mulher. Lembro que minha primeira orientadora sempre dizia que ninguém é mais especialista em seu objeto de estudo/pesquisa do que você, daí devemos retirar confiança e capacidade argumentativa. Isso vale para quadrinhos, animes, games, qualquer coisa. Agora, em uma mulher esse tipo de comportamento não raro parece agressivo e exibicionista, especialmente, quando ela efetivamente sabe mais que os homens ao redor, ou é capaz de argumentar com mais clareza que eles.
Sabe aquela coisa do "Quem ela pensa que é para achar que sabe mais de mangá/anime/comics/games que eu?". Normalmente, não é uma mulher que pensa isso, mas um homem. Os meios nerds são espaços privilegiados do Mansplainning. Antigos clubes do bolina, muitos só aceitam mulheres quando elas reforçam o que os homens dizem, estão com namorados ao lado, ou, às vezes, nem assim. Daí, é sempre bom recomendar esse quadrinho da personagem Fairy Gamer Momma. Todo mundo precisa de uma dessas.
Aconteceu mansplainning até no evento da USP, as 3ªs Jornadas em Histórias em Quadrinhos. Eu do lado da Trina Robbins, explicando porque aquele monte de homem estava falando sem dar espaço para as moças responderem, afinal, elas estavam apresentando seus trabalhos, e a Trina repetindo "mansplainning, isso é mansplainning!. E era mesmo. Para muitos homens é tão natural fazer isso, que eles nem percebem, não é algo consciente, é um direito assentado. As feministas brasileiras chamam este comportamento de "Homexplicanismo". Aprendi isso no blog da Lola.
Aconteceu mansplainning até no evento da USP, as 3ªs Jornadas em Histórias em Quadrinhos. Eu do lado da Trina Robbins, explicando porque aquele monte de homem estava falando sem dar espaço para as moças responderem, afinal, elas estavam apresentando seus trabalhos, e a Trina repetindo "mansplainning, isso é mansplainning!. E era mesmo. Para muitos homens é tão natural fazer isso, que eles nem percebem, não é algo consciente, é um direito assentado. As feministas brasileiras chamam este comportamento de "Homexplicanismo". Aprendi isso no blog da Lola.
Enfim, nos meios feministas, esse comportamento se manifesta na linha "eu sei melhor o que as mulheres querem ou do que precisam do que elas mesmas". Sem cair no radicalismo de alguns segmentos quando o assunto é protagonismo, a ponto de atacar até os aliados sem sequer tentar dialogar com eles, pergunte antes, é isso que o gráfico sugere.
É isso. Foi a primeira vez que brinquei de montar um gráfico desses no Word. Poderia e deveria ter ficado melhor. Se quiserem o original em inglês, ele está aqui.
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