O Rocket News 24 publicou uma matéria sobre uma campanha da companhia de tecnologia Cybozu falando do peso que recai sobre os ombros das mães trabalhadoras e de como, aqui, ou lá, a maioria das tarefas relacionadas ao cuidado dos bebês e crianças pequenas recaem sobre as mães. A mulher da propaganda é casada e o marido nem se move para lhe dar "uma ajuda", se o filho adoece é ela que precisa faltar o emprego, fora coisinhas como acordar sei lá quantas vezes durante a noite, enfrentar a birrar de uma criança de 2 anos, carregar 15 quilinhos de felicidade quando ele ou ela não quer andar e por aí vai.
A propaganda que está no RN24, e tem legenda em inglês embutida, mostra um pai que mostra orgulhoso para a colega, a protagonista da propaganda, a filmagem do filhinho de meses fazendo gracinhas. Ele é responsável por levá-lo para a creche e se sente orgulhoso disso. A mulher lembra, então, do seu dia-a-dia e termina pedindo que ele dê mais apoio para a esposa e que a abrace... Ele fica sem entender nada.
A segunda, que tem legendas automáticas do Youtube, me fez chorar, é ela que mostra o drama enfrentado pela mãe japonesa e, de certa forma, por mim, também. O RN24 pede que se façam vídeos sobre mães solteiras e pais solteiros. OK, mas venhamos e convenhamos, a maioria dos casos é com mulheres e pouco se faz no Japão para dar apoio às mulheres trabalhadoras. Elas é que sentem a culpa por nãos erem mães em tempo integral, que são criticadas, que devem abandonar empregos e aspirações de carreira. Não existe simetria nessa área.
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