Não é diretamente ligado ao blog, mas eu preciso dividir com vocês esta matéria: "Better Identification of Viking Corpses Reveals: Half of the Warriors Were Female"(Melhor Identificação dos Restos Mortais de Vikings Revelam: Metade dos Guerreiros eram Mulheres). METADE!!!!!! Poderia parar por aqui, mas tentem imaginar o quanto o machismo cega escandalosamente os cientistas a ponto de quando você encontra um túmulo com um esqueleto e armas, ou símbolos de poder, você nem precisa examinar os restos mortais, simplesmente, estabelece que se trata de um homem. Tentem somente imaginar o quanto das atividades e formas do humano - não falo somente da atuação das mulheres - foram e são apagadas ou distorcidas quando quem acessa as fontes está tão impregnad@ de uma visão de mundo patriarcal que se recusa a examinar as evidências.
Minha orientadora de doutorado, a Tânia Navarro Swain, cunhou um conceito "História do Possível" para descrever essa aproximação crítica das fontes questionando nossos próprios pressupostos. Pudera @s cientistas, porque não precisa ser homem, nem agir de má fé, basta estar preso na caixinha do sistema, desconfiarem de suas crenças. Ganharíamos mais, e as gerações futuras, também. Outro dia comento mais... Preciso ir dar aula.
2 pessoas comentaram:
Estranho isso. Sempre soube que a sociedade Viking (eles não eram "Vikings","viking" era o nome do que eles faziam, dizem) era comparativamente a outras sociedades menos... Machista? Misógina? Patriarcal? Nas Sagas as mulheres sempre tiveram papel de destaque, como a Laxdaela (algo assim), então pensei que fosse natural pensar que elas também iam para as batalhas.
Me faz lembrar da série Vikings que não assisti além do primeiro episódio, e já ali a esposa do Ragnar era apresentada como uma guerreira bastante temida.
Agora só falta descobrirem que o segredo da fundição das espadas Vikings era o toque feminino, mais minucioso para experimentar com os metais.
Fazer uma correção, "Laxdaela" é apenas o nome da região que dá nome a Saga. A mulher a que me referia se chamava "Aud do Espírito Sábio", ou algo semelhante. São nomes nórdicos e islandeses, complicados.
A Aud era e fazia as leis por lá, pode-se dizer que foi a fundadora da Islândia.
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