terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

“Com um novo pensamento de gênero... Não é coisa de menino ou de menina, é um brinquedo para crianças.”


Sabe quando depois de ver um monte de notícias horrorosas (*racismo ao cubo, associação da Copa com turismo sexual, e por aí vai*) na net você tropeça em algo muito, mas muito legal e que é capaz de iluminar o seu dia?  Pois é... A Montserrat postou no Facebook uma matéria do R7 falando de uma marca chamada Top Toy de brinquedos que não faz separação de gênero em suas propagandas... Uai, mas os brinquedos da propaganda eram de várias marcas... Sendo assim, as propagandas são de uma loja, ou rede de lojas. 


 Joguei Top Toy na net e achei várias, várias mesmo propagandas das lojas da Top Toy na Suécia (*Sim, tinha que ser!!!!*) mostrando meninos e meninas brincando juntos com brinquedos que normalmente são tratados de forma muito gendrada.  Ficou confuso?  Mas é o que o título (*que eu tirei daqui*) está dizendo.  Brinquedos são neutros, nós é que com nossas propagandas e (pre)conceitos imprimimos marcas de gênero.  E isso, como já escrevi por aqui se faz, em primeiro lugar, com o uso das cores.  Rosa e lilás são para meninas e ponto final.  Será que ficou claro?


Segundo a matéria de onde tirei o título, a rede Top Toy é uma filial de uma rede norte americana, a Toys R Us, e está presente em todos os países.  A iniciativa genial, libertadora e respeitosa com a diversidade é sueca.  Vocês podem ver abaixo a mesma propaganda da boneca e do Nerf em versão dinamarquesa (*gendrada, tradicional*) e a versão sueca rompendo com tudo.


Curioso é testar o que incomoda mais, se a menina com o Nerf ou brincando de marcenaria, ou o garoto cabeleireiro, brincando de boneca, fazendo trabalhos domésticos, empurrando carrinho de bebê rosa.  


Enfim, a Suécia não é um lugar perfeito, até porque não existe lugar perfeito, mas está muito a frente da maioria dos países do mundo quando a questão é discutir papéis de gênero.  Queria que a minha Júlia crescesse em um mundo diferente e é meio doído ver que esse mundo diferente já existe.

1 pessoas comentaram:

Acho q o primeiro passo é admitirmos os sérios problemas d machismo e papéis masculinos e femininos q temos na sociedade brasileira. O mundo é msm estranho. Enquanto isso ainda tem países em mulheres lutam para dirigir, trabalhar. E, em Uganda criminalizam a homossexualidade. =/

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