O The Guardian trouxe uma matéria muito interessante sobre um empresário nigeriano, o Sr. Taofick Okoya, que sete anos atrás, impulsionado pela frustração de não econtrar nenhuma boneca no mercado que parecesse com a maioria das mulheres de seu país para comprar para sua sobrinha, decidiu lançar a coleção Queens of Africa. A produção é local, roupas e penteados seguem os padrões étnicos e culturais do país e, hoje, ele domina entre 10-15% do mercado.
A economia da Nigéria, apesar dos conflitos religiosos mantém bom padrão de crescimento, como acontece em vários países do continente, e é o país com maior número de crianças no mundo. Alguns analistas, segundo o texto, projetam que países como Nigéria, irão suceder os BRICS (Brasil, Rússia, Índia e China). em importância. Eu não sou tão otimista, mas vá lá... De qualquer forma, eu só conhecia o cinema Nigeriano - Nollywood - cuja história é interessantíssima, mas, ao que parece, a criatividade por lá anda muito em alta mesmo. O potencial dessas bonecas é enorme, já que pode ser exportado para o continente quase todo e países da América Latina. Página oficial das Rainhas da África aqui.
Essa história das bonecas é bem preocupante e mais que discutida. Há uma predominância de um perfil caucasiano (*nem vou entrar nos tipos físicos ou da questão da vaidade, fica para depois*) que é vendido como belo e desejável para todo mundo. A Mattel, claro, não é a única responsável, aliás, há Barbies de diferentes tipos físicos, outras empresas são bem mais obtusas. O problema é a imitação e a construção desde cedo na cabeça das meninas (*alvo principal do produto*) de que bonito é ser branco, ter cabelos lisos e loiros. A primeira boneca que deram para a minha filha é assim. Obviamente, conhecendo minha mãe, sei que ela traria a boneca negra ou morena se pudesse, mas havia??? Não de pano e pequenina. Enfim, outros textos sobre bonecas virão.
5 pessoas comentaram:
Amo bonecas e tenho duas Barbies negras que são lindas... Mas foi um sufoco para conseguir! Passei a infância toda querendo uma, que se parecesse comigo, sem encontrar e, é claro, acumulando bonecas loiras de todos os estilos... kkkk Eu até fingia que uma, bronzeada tipo Malibu, era negra de cabelo descolorido!
Mas é muito triste ver que, apesar das bonecas negras venderem rapidinho, as lojas brasileiras são descarada mente racistas. Procurei um Ken negro - que eu sei que a Mattel lança em praticamente todas as suas coleções, mas que não é vendido em nenhumas das grandes e pequenas redes brasileiras.
A boneca é um pouquinho mais fácil por causa da coleção Fashionistas, mas ainda assim, é uma proporção de duas na loja para quarenta loiras. Quando não temos só loiras.
Quando a coleção Basics foi lançada, essa da foto que você postou, fiquei louca pra comprar os bonecos e bonecas negros. Mas pergunte se encontrei? Nem quando saiu, nem agora. É mesmo duro que até a Mattel, sendo a disseminadora da ideia "meninas, só as loiras arrasam!" tenha diversificado seu produto e em um país multicultural como o nosso seja impossível encontrar Barbies, as bonecas mais desejadas, que apresentem mulheres como as que vemos todos os dias.
E um detalhe... as duas únicas Barbies negras que encontrei tem cabelos completamente lisos/chapados. #falaroque?
Muito legal essa notícia sobre bonecas negras.
Queria comentar, em relação às Barbies, que além de ter as "versões" negras, existem barbies de coleção lindíssimas, usando roupas e cabelos da cultura africana. Sou louca pra comprar uma dessas, mas são caras demais...
Depois dá uma pesquisada no google imagens pra ver que maravilha.
O problema na verdade é que mesmo as bonecas ditas negras, nada mais são do que bonecas com cor marrom. Todo o resto, isto é o tipo físico, são características caucasianas ou com cara de mangá! Ainda não estão mostrando de fato a beleza negra.
Aconselho a olhar pelo menos as fotos do post. As bonecas retratadas possuem traços étnicos bem marcados. Não são somente bonecas brancas com plástico/borracha marrom. Essa percepção das bonecas é distante do que está nas lojas de brinquedos e se aplica, no máximo, as bonecas tipo Bratz e aos bebês genéricos.
Aconselho a olhar pelo menos as fotos do post. As bonecas retratadas possuem traços étnicos bem marcados. Não são somente bonecas brancas com plástico/borracha marrom. Essa percepção das bonecas é distante do que está nas lojas de brinquedos e se aplica, no máximo, as bonecas tipo Bratz e aos bebês genéricos.
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