Ms. Marvel, não Miss Marvel como ficou em português, foi criada em 1968 por Roy Thomas e Gene Colan. Para quem não sabe, o título “Ms.” tem tudo a ver com o movimento feminista, e é usado por mulheres que não querem denunciar o seu estado civil, pois, ao contrário de “Miss” ou “Mrs.”, não aponta se uma mulher é solteira ou casada. Pois bem, anteontem, tinha lido no New York Times que Carol Susan Jane Danvers, a primeira Ms. Marvel, agora tinha se tornado a Capitã Marvel, substituindo o herói do sexo masculino. Eu não sabia nada disso, claro... Enfim, Danvers tinha uma fã extremada chamada Kamala Khan, adolescente muçulmana, de família paquistanesa. A garota descobre que tem poderes (*mutantes, eu imagino*) e decide se tornar Ms. Marvel.
OK, trata-se e mais uma estratégia da Marvel para se aproximar e dar representatividade às minorias, isto é, muçulmanos e mulheres. Segundo o NYT, a estréia é em dezembro dentro da linha All-New Marvel Now. A personagem surgiu de uma conversa entre os editores Sana Amanat e Steve Wacker. Amanat é muçulmana e baseou a personagem em sua própria experiência como adolescente muçulmana nos EUA. A nova Ms. Marvel tem um irmão super conservador, uma mãe paranoica em relação a sexualidade da filha, e um pai que deseja que ela estude para ser médica. O roteiro da revista será de G. Willow Wilson, uma quadrinista americana convertida ao islã. Espero que a série tenha algo de positivo a dizer para as meninas muçulmanas, mas eu tenho cá minhas dúvidas, vide meu post sobre Dust e os The 99.
1 pessoas comentaram:
Também há a concorrência com a DC, que lançou um Lanterna Verde muçulmano há um tempinho. Premissa semelhante.
No entanto, seja qual for o motivo por trás do lançamento dessa nova Ms. Marvel, eu acho bastante válido. Não somente pelas raízes da personagem, mas também àqueles envolvidos no processo.
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