Fiquei sabendo por acaso desse evento por um cartaz no Hospital da FAB. Não tenho certeza, mas a impressão que tenho é que a divulgação do 2º Festival do Japão se deu muito no âmago da comunidade nipônica local, centros culturais, cursinhos de línguas e dojos. Ainda assim, o espaço do evento dentro do autódromo de Brasília estava lotado com um público bem plural em termos de idade, mas com uma marcada presença dos japoneses e descendentes. Muitas famílias com crianças e idosos. Havia, claro, alguns adolescentes e jovens otakus pagando mico (*sim, o termo é esse*) com cosplays bem rasteiros de Naruto e com as famosas touquinhas que são vendidas aos montes nos eventos de anime e mangá. Acredito que fora desses ambientes esses adereços só fiquem bem em crianças e havia algumas bem fofinhas com touquinhas compradas no evento.
Falando em termos de Brasília, o evento hoje estava bem legal. Havia uma diversidade de barracas, a maioria vendendo comidinhas japonesas (*e poucas, não*), outras com roupas e bugigangas que a gente vê aos montes na Liberdade, em São Paulo, e algumas com coisas que agradam aos fãs de anime e mangá. O pavilhão de exposições estava um pouquinho pobre, mas acho que o objetivo é fazer o evento crescer e, bem, acho que há espaço para isso. A parte de workshops estava bem animada e eu conheci uma nova técnica artística japonesa, o Oshibana, que é a arte de prensar e trabalhar com flores, folhas e mesmo frutos prensados.
Falando nas apresentações, havia demonstrações de artes marciais e street dance (*que usaram até a música de abertura de Cutey Honey*) e o taiko, para mim, o ponto alto desses eventos. Destaque, também, para as comidas. Preço muito bom e bem saborosas. Pena que as filas estivessem grandes e meu marido e eu tenhamos esquecido de passar no caixa eletrônico... Aliás, tudo no evento era com fichas compradas no caixa, até as barracas de produtos que não eram comida. Espero que repensem o sistema para o ano que vem. Ah, sim! Uma coisa muito legal do folder era um glossário explicando as comidas que estavam à venda. Para os quase leigos em culinária japonesa, como eu, foi uma mão na roda. Muito útil mesmo.
Parte realmente ruim do evento, e que não é responsabilidade da organização mesmo, era o sol de rachar. Talvez, um outro lugar para o ano que vem pudesse diminuir o desconforto. De qualquer forma, já é o melhor evento que vi em Brasília em muito, muito tempo. Se eu voltar amanhã (*e é o que eu espero*), terei que arranjar um chapéu ou algo do gênero. Para quem se interessar, informações do evento neste site.
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