segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Comentando O Lado Bom da Vida



No meu aniversário fui ao cinema assistir O Lado bom da Vida ou Silver Linings Playbook.  Eu realmente acredito que o título nacional é acertado – e eu não conseguiria traduzir o original – porque se trata acima de tudo de um filme de auto-ajuda, com todo mundo terminando bem (*na medida do possível*) no final da película.  Gostei do filme, especialmente da parte em que a dança começa a aparecer em cena, mas confesso que não vi essa nenhuma maravilha que merecesse todas as indicações principais – filme, diretor, ator, atriz, roteiro adaptado – mais outras importantes – ator e atriz coadjuvantes e edição.  Falando em prêmios, o filme acabou de levar o BAFTA de melhor roteiro adaptado.  É coisa demais para um filme que eu diria que é legalzinho, sem empolgar muito em nenhum momento.  

Começamos a história com o protagonista, Patrizio Solitano Jr. (Bradley Cooper), professor de História, sendo liberado de um centro de reabilitação mental (*uma espécie de manicômio judiciário*) depois de oito meses e indo morar com seus pais.  Ele sofre de transtorno bipolar e quase matou de pancadas o amante de sua esposa, Nikki, ao encontrá-los fazendo sexo no chuveiro de sua casa ao som da música de seu casamento ("My Cherie Amour" de Stevie Wonder).  Pat acredita piamente que Nikki o ama e que tudo pode ficar bem, ainda que respeite a ordem de restrição que o obriga a manter distância dela.  Metade do filme foca na difícil relação do protagonista com seus pais, Dolores Solitano (Jacki Weaver), que faz tudo pelo bem da família, e seu pai, Pat Sr. (Robert De Niro), um viciado em jogos com forte Transtorno Obsessivo Compulsivo.   Na música que funciona como um gatilho para explosões de violência.  


A vida de Pat começa a mudar quando ele conhece Tiffany Maxwell (Jennifer Lawrence), uma jovem viúve, irmã da esposa de um amigo, Ronnie (John Ortiz).  Tiffany está se recuperando do vício pelo sexo, que veio à tona depois da morte trágica do marido.  Por conta de sua doença, Tiffany é conhecida como a “vadia da cidade”.  No início, Pat rejeita Tiffany como uma forma de defesa, estigmatizando-a inclusive por sua conduta sexual.  Só que a moça promete entregar uma carta para Nikki se Pat aceitar ser seu parceiro em um campeonato de dança.  No início à contragosto, Pat inicia os treinamentos, mas depois descobre que, sim, aquilo pode ser divertido.  Só que as coisas se complicam quando o pai de Pat decide fazer uma aposta muito alta, já que implicava na perda de todo o dinheiro que ele guardara para abrir um restaurante, envolvendo  não somente resultados de um jogo de futebol, mas o desempenho da dupla na competição.  

O Lado Bom da Vida me pareceu muito angustiante até o seu meio.  O sentimento se origina do fato do filme mergulhar de forma bem consistente no drama das pessoas que sofrem de algum transtorno mental e, especialmente, daqueles que funcionam como cuidadores.  Os pais idosos de Pat não têm condições de controlá-lo e é desesperador vê-los tentando ajudar o filho.  A cena em que ele age de forma violenta com os pais é um dos pontos altos da película, um dos mais tristes e realistas.  A introdução do humor nessa parte da história, é bem insistente, mas não funciona. Talvez as cenas dos livros, com Pat acordando os pais de madrugada, mas, ainda assim, a situação geral é apresentada com tintas tão fortes que as piadas não se sustentam.  Já os diálogos traduzem muito  da confusão do protagonista e daqueles que o cercam, não são objetivos, não conduzem a lugar algum, somente apontam para os altos e baixos de humor de Pat.


Nessa tentativa de fazer rir, o filme é um tanto leviano com o caso do pai do protagonista.  A personagem de Robert De Niro parece tão ou mais doente que Pat, pois coloca em risco a casa da família e todos os seus bens em nome do vício.  Ora, não há condenação ou demonstração de preocupação séria.  É como se o filme legitimasse o olhar conformado da esposa de Pat Sr., uma mulher que vive para tentar compreender o drama do filho e do marido, passando uma imagem de abnegação e submissão às adversidades por amor.  Existem mulheres assim, mas o filme é bem contraditório ao apresentar de forma consistente a doença mental de Pat e Tiffany e querer nos fazer rir do personagem de De Niro e vê-lo como um velho engraçadinho.

Quando Tiffany passa a se relacionar com Pat e o filme muda para eles, a coisa se torna mais agradável.  E isso é de certa forma artificial, mas como se trata de uma história que quer te jogar para cima, a gente embarca e segue os ensaios para o campeonato.  Pat se sente deslumbrado e apavorado com a idéia de estar se afastando de Nikki, sua fixação, e estar interessado por outra mulher.  Uma das coisas que o filme apresenta e costura bem é a discussão do falso moralismo do protagonista.  Ele se acha fiel à esposa, defensor da indissolubilidade do casamento, e, por isso, rejeita Tiffany, a chama de vadia, mas se delicia quando ela conta sobre suas estripulias sexuais.  Ela não se faz de rogada e o chama de hipócrita, joga na cara dele que sujeitos honrados como ele se excitam com a vida sexual alheia.  De cara dá para refletir sobre a pornografia, assim como sobre a estigmatização das mulheres.  Afinal, Tiffany perdeu o emprego – e somente ela – por ter feito sexo com todos os seus colegas de trabalho.  Se fosse um homem será que seria despedido?  Será que ganharia má fama?  Seria apontado na rua?  Duvido muito.  Mas Tiffany não leva desaforo para casa e é uma personagem muito interessante.  Obviamente, Jennifer Lawrence é um motivo para se gostar dela, a atriz, aliás, é uma das fortes candidatas ao Oscar este ano.


E, bem, sem querer dar muitos spoilers, temos o futebol, as apostas e a dança guiando essa segunda parte do filme.  Bradley Cooper e Jennifer Lawrence ficam lindos juntos, funcionam muito bem como casal e são competentes.  Acabamos torcendo por eles e o filme sinaliza que, no final, tudo vai terminar bem.  E nessa parte a maioria das piadas funciona, como o velho clichê dos novatos ficando com cara de bobos ao verem seus competidores espetaculares. Outra piada que funciona muito bem é a dos juízes rigorosos.  Se gente espetacular tirou sete e pouco, como iniciantes vão conseguir tirar um mísero cinco?

Uma questão que se toca marginalmente em O Lado Bom da Vida é a crise econômica americana.  A tensão do amigo de Pat, Ronnie, que diz que um momento de crise é o melhor para se fazer dinheiro.  Ele é escravo dessa necessidade e o filme apresenta seu caso como uma compulsão, uma doença.  A crise também é comentada quando se diz que o pai de Pat perdeu sua aposentadoria.  Depois de refletir, imaginei que fosse previdência privada, a empresa faliu e ele ficou sem sua pensão.  Eu não confio em empresas privadas para gerir essas coisas e vejo como criminosa a propaganda neoliberal de que esse tipo de aposentadoria é a salvação para muitos.  Melhor pensar duas vezes... 


Outras personagens do filme são o simpático terapeuta Dr. Patel (Anupam Kher), um homem equilibrado até que o assunto seja futebol.  Ao que parece, em O Lado Bom da Vida tenta-se passar a impressão de que todo mundo tem uma compulsão em maior ou menor grau.  A outra é um colega de sanatório de Pat, Danny (Chris Tucker).  A função de Tucker – e eu não entendi bem nem porque ele foi preso, nem porque foi solto – é ser engraçadinho e dar dicas de dança, no melhor estilo “negro entende dessas coisas”. Clichê racista, claro.  Queria ver Chris Tucker fazendo coisas diferentes.  Quanto à Bechedel Rule, estou na dúvida se o filme cumpre, ou não.  Há várias personagens femininas com nomes, algumas delas conversam entre si, mas acredito que seja sempre sobre um dos homens da trama.  

É isso.  O Lado Bom da Vida é um filme interessante, mas bombou muito mais pelo carisma dos atores envolvidos do que por ter algo de realmente especial.  Eu não saí mais leve, tampouco convencida,transtorno mental é algo muito sério, não dá para encarar engolir essa leveza toda no final.  Pat deu tanta alteração na primeira metade do filme que duvido que não seria preso de novo.  Mesmo que os pais quisessem pôr panos quentes, a polícia iria intervir.  Se por acaso continuasse livre, seria absurdo acreditar que poucas semanas de dança levariam o moço ao equilíbrio.  Aquilo era caso para anos de terapia, mas o filme quer vender a idéia de que a dança e o amor transformam.  Mas Lawrence e Cooper ficam tão bem juntos que a gente até quer acreditar.  E, no fim das contas, o único doente incurável parece ser mesmo o pai de Pat, que começa viciado em jogos e termina do mesmo jeito.  E registro minha revolta: David O. Russell indicado ao Oscar e Ben Affleck, não, foi uma grande sacanagem.

13 pessoas comentaram:

Valéria, concordo com quase tudo que você escreveu sobre o filme. Só discordo de duas coisinhas (ATENÇÃO! TEM SPOILERS PRA QUEM NÃO VIU O FILME AINDA!):

1) Quanto ao Pat Sr., eu acho que o filme foi competente em alternar momentos dramáticos e cômicos. Eu fiquei angustiado na cena em que ele tenta explicar a Pat Jr. porque é importante que ele esteja presente durante o jogo e, em seguida, mostra a cara de aflição da mãe (que, aliás, merece sim a indicação de melhor atriz coadjuvante). A outra cena, em que ele se desespera porque perdeu a aposta e culpou Pat por tudo me cortou o coração. De engraçadas, só as cenas com a visita do Danny e a nova aposta surreal com todo mundo na casa dos Solatano.
Aliás, o fato do Pat Sr. não tratar da sua doença explica porque Pat Jr. não foi diagnosticado antes como bipolar (apesar do seu comportamento anterior, como ele mesmo narra a Tiffany e ao psiquiatra): se a família era conivente com o TOC do pai, por que não seria com a agressividade do filho?

2) Não foi a dança que "curou" Pat. Depois do surto em que ele bate nos pais, ele volta a tomar a medicação - inclusive tem uma cena dele tomando os comprimidos. Eu encarei a fase da dança como o início do processo pra que ele recuperasse a autoestima e, por vias transversas, o começo do processo para esquecer Nikki.

O problema, Devil, é que embora você e eu não tenhamos achado engraçado TODAS essas cenas tinham como objetivo fazer rir, sem distinção.

Eu realmente não sei. Sujeitos com transtornos desse tipo vão tomar remédios por toda a vida, sem liberação. E o filme vende, sim, que ele já estava livre da Nikki no momento da dança.

Quanto às indicações, eu não sei se falei diretamente da mãe-coadjuvante, se falei, concordo com você, o que eu escrevi, com certeza, é que é indicação demais para esse filme.

Não acho que todas as cenas que retratam a doença tenham tido a intenção deliberada de fazer o espectador rir. Eu tive que assistir o filme duas vezes (não por opção, devo registrar) e, na segunda vez, achei a carga dramática do filme ainda maior que na primeira vez. Cheguei a conclusão que o filme é competente em retratar aquelas situações na vida que são pesadas para quem vivencia e no momento em que ocorrem, mas que, para quem está de fora (como o menino pernóstico com o gravador) ou quando já passamos por elas, podem ser encaradas por um ângulo menos pesado. E disso eu posso falar por experiência própria, pois tive uma tia muito próxima que ficou hospitalizada em coma por três meses sem que os médicos soubessem o que tinha acontecido, mas hoje conseguimos até lembrar de episódios engraçados no hospital.

O filme vende que ele estava de Nikki no momento da dança porque, bem... ele estava livre dela no momento da dança. O filme mostra que houve um espaço de três meses entre a segunda aposta do Pat Sr. e a competição de dança, assim como mostra que Pat Jr. começou a se apaixonar por Tiffany nesse meio tempo.

Acho que discordamos em um ponto fundamental sobre o filme: do meu ponto de vista, entendo que seja possível viver bem mesmo à base de remédios (em algumas hipóteses, claro, e desde que corretamente ministrado) e sem culpa por precisar da medicação. E, pelo seu comentário anterior, entendi que você parece não ter certeza disso.

Por fim, quanto às indicações ao Oscar, concordo que o filme foi supervalorizado (exceto pelas atuações da Jennifer Lawrence e da mãe do Pat Jr).

Não acho que todas as cenas que retratam a doença tenham tido a intenção deliberada de fazer o espectador rir.

- Nem eu escrevi isso. A cena em que o Pat agride sem querer a mãe e troca socos com o pai não é cômica. As demais, praticamente todas elas, deliberadamente parecem querer fazer rir. E o transtorno da personagem de De Niro é tratada com humor e complacência do início ao fim do filme.



Cheguei a conclusão que o filme é competente em retratar aquelas situações na vida que são pesadas para quem vivencia e no momento em que ocorrem, mas que, para quem está de fora (como o menino pernóstico com o gravador) ou quando já passamos por elas, podem ser encaradas por um ângulo menos pesado. E disso eu posso falar por experiência própria, pois tive uma tia muito próxima que ficou hospitalizada em coma por três meses sem que os médicos soubessem o que tinha acontecido, mas hoje conseguimos até lembrar de episódios engraçados no hospital.

- Convivo com pessoas que tem parentes – normalmente filhos que sofrem de transtorno mental ou que vêem seus entes queridos idosos perderem suas faculdades. Elas não acham engraçado. Meu coordenador que tem um filho de quase trinta que tem um tipo de esquizofrenia... Tenho uma amiga de faculdade que é Borderline – entre outras coisas – toma trocentos remédios e não consigo achar graça da situação dela. Meu marido sofre de transtorno de humor e TOC. Eu não acho engraçado e sei que não se cura nem com amor, nem com dança, porque não tem cura. Você pode, em alguns casos, minimizar, reduzir crises. E, bem, tendo acompanhado meu tio definhando no hospital sem nada poder fazer, não vejo graça em hospitais e diagnósticos errados e imprecisos. O filme quer tornar algo muito pesado uma experiência pausterizada, levinha.


Acho que discordamos em um ponto fundamental sobre o filme: do meu ponto de vista, entendo que seja possível viver bem mesmo à base de remédios (em algumas hipóteses, claro, e desde que corretamente ministrado) e sem culpa por precisar da medicação. E, pelo seu comentário anterior, entendi que você parece não ter certeza disso.

Nenhum doente que sofre de transtornos mentais graves, caso do protagonista, vive bem e tranqüilamente. Os remédios, a terapia, ajudam, mas pode pergunta para qualquer bipolar, borderline, esquizofrênico, entre outros, no gozo das suas faculdades mentais, se bem, a vida é muito legal tendo que tomar uma média de três ou mais remédios por dia. O filme, assim como outros filmes hollywoodianos e novelas querem vender a coisa muito rosinha. Pat aparece tomando remédios quantas vezes, ein? Lembro de uma, depois da agressão aos pais. Deveriam reforçar a importância da medicação, do tratamento. O que o filme faz? Dá a entender que o papel principal é do amor dele por Tiffany. Sei... Sei... Que Hollywood venda sonhos, OK, que eu tenha que fazer uma resenha e achar que o filme tratou maravilhosamente o tem, negativo. Outra coisa, o pai de Pat começa e termina o filme da mesma forma e todo mundo achando tudo muito, muito normal, lindo e engraçado.

Calma, Valéria. Pensei se deveria escrever de novo, pois considero uma réplica em que o escritor transcreve e rebate cada frase da resposta anterior desnecessário e até mesmo deselegante. Seu blog é sobre entretenimento em geral, não era pra ficar tão pesado... confesso que não entendi a agressividade. Mas acho que devo algumas explicações ou, pelo menos, tentar desfazer qualquer mal entendido. Vamos lá:

O problema, Devil, é que embora você e eu não tenhamos achado engraçado TODAS essas cenas [com o Pat Sr.] tinham como objetivo fazer rir, sem distinção. --> foi a essa parte que você escreveu que eu me referi no primeiro trecho que você replicou.

O filme quer tornar algo muito pesado uma experiência pausterizada, levinha. --> Não é porque o tema é pesado que o filme precisa também ser. Seguindo seu raciocínio, vários filmes deveriam ser considerados ultrajantes para o público (“A vida é bela”, por ter cenas de humor numa trama que se passa em pleno holocausto, “O diabo veste Prada”, porque banaliza a questão do assédio moral no trabalho, e a lista segue). Quanto às pessoas doentes que conheço, citei minha tia por ter sido o único caso de vida ou morte próximo a mim. Mas entre amigos e conhecidos tenho contato com mil outros casos... o que não significa que a vida deles seja sempre pesada, sempre ruim, sempre difícil. Aliás, a premissa foge à lógica: se a vida será tão ruim assim tomando os remédios, então qual o sentido em toma-los?

Os remédios, a terapia, ajudam, mas pode pergunta para qualquer bipolar, borderline, esquizofrênico, entre outros, no gozo das suas faculdades mentais, se bem, a vida é muito legal tendo que tomar uma média de três ou mais remédios por dia. --> já perguntei a quase todos (com TOC, bipolares, com transtornos alimentares, etc.) e eles unanimemente dizem que é um saco ter que tomar remédios todos os dias. Mas, por outro lado, nenhum deles, quando em suas faculdades mentais, falou com essa angústia que você escreveu. Baseio minha opinião nos relatos deles.

Pat aparece tomando remédios quantas vezes, ein? Lembro de uma, depois da agressão aos pais. Deveriam reforçar a importância da medicação, do tratamento. --> Pat Jr. passa o tempo todo repetindo que tem tomado os remédios direitinho depois desse incidente. Então só serve se mostrar ele tomando comprimidos cinco, seis, sete cenas?

O que o filme faz? Dá a entender que o papel principal é do amor dele por Tiffany. Sei... Sei... --> Na minha opinião, o amor por Tiffany foi consequência da cura, e não sua causa – mesmo porque ele começa a gostar dela bem depois de ela começar a gostar dele. Ele só se descobriu apaixonado depois de medicado e de ter começado a dançar.

Outra coisa, o pai de Pat começa e termina o filme da mesma forma e todo mundo achando tudo muito, muito normal, lindo e engraçado. --> seguindo esse raciocínio, o filme só seria digno de crédito se mostrasse Tiffany sendo medicada para que controlasse a compulsão sexual, Danny sendo medicado após sair do “manicômio”, o amigo que é pai indo para a terapia de casal com a mulher, a mãe do Pat Jr. indo para terapia para deixar de ser tão passiva, etc.

Espero ter esclarecido todos os pontos, pois não pretendo prolongar a discussão.

Está bem, Devil, desculpe se fui ou pareci ofensiva. No entanto, não retiro nada do que escrevi na resenha ou nos meus comentários. É assim que percebo a coisa, minha experiência pessoal somente reforça aquilo que pontuei: filme divertido, mas leviano em muitos aspectos. simples assim.

Ainda não entendi a doença dele, queria saber o que causou tudo isso, porque ele tinha crises de bipolaridade? E aquela historia de crime?

Vinícius, há uma excelente descrição do transtorno bipolar AQUI. Segundo o filme, esta era a doença do sujeito. O Bipolar costuma alternar fases depressivas com fases maníacas (alegria/euforia e/ou agressividade). As crises fogem ao controle do paciente e como o Pat resistia ao tratamento (*coisa que vem de berço, já que o pai era outro doente e todo mundo achava "normal".*) e seu casamento estava falido, as crises talvez fossem constantes. Isso, claro, se ele era realmente bipolar.

De resto, ele chegou em casa e encontrou a esposa e o amante (*se eu bem entendi, ex-colega de trabalho dele, também*) no chuveiro transando. ele quase matou o sujeito de pancada e foi preso em um manicômio judiciário ou algo do gênero.

Assisti ao filme ontem, e também saí com a impressão de que ele foi cortado ao meio. A primeira parte, acho que nos primeiros 60 min, é tensa, com a doença de Pat sendo focada. As cenas em que discute Tiffany com ele na frente do cinema ou surta por conta do vídeo do casamento foram angustiantes e deram uma pena enorme da personagem e de seus pais. Mas, veio aquela indução ao espectador para achar tudo engraçado e, no cinema, as pessoas riram.
A segunda parte, que foca na dança, na aposta e tudo mais, tem seus momentos, mas é bem inferior em relação ao início. Aquela cena final então... Se o diretor e roteirista tivessem continuado na pegada com a qual iniciaram, o filme teria sido bem melhor. E Bradley Copper me surpreendeu!

História me deixou muito satisfeito. Filme muito bom. Bem dirigido, um bom roteiro, divertido, inteligente. Jennifer Lawrence esta digna em seu personagem, ja mostrou que é uma excelente atriz, ja Bradley Cooper me surpreendeu, a história tem sido os melhores filmes de Bradley Cooper que eu vi. Atuações ótimas até mesmo dos coadjuvantes Robert De Niro e Jacki Weaver estão ótimos. Uma ótima historia, madura, diferente de todas essas comedias dramáticas/românticas. Vale muito apena acompanhar.

A pergunta que me faço é: o que Pat diz ao pé do ouvido de Nick? Rsrs

Concordo com a crítica da Valéria!

Até hj eu busco essa resposta!! Rs

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